Problema de saúde não impede garoto de participar de acampamento internacional
Nicolas Lourenço, de 11 anos, é diabético e precisa fazer uso de medicamento regularmente.
Nicolas Lourenço, que em dezembro do ano passado completou 11 anos de idade, é integrante do Clube de Desbravadores Águias do Sul, de Poços de Caldas, Minas Gerais. A princípio, ele não teria recursos suficientes para custear as despesas para ir ao V Campori Sul-Americano de Desbravadores. Mas o desejo de participar era intenso. Por isso, decidiu vender algumas de suas roupas e a sua chuteira preferida, a qual recebera dos pais.
"Fiquei pensando no que era melhor: ter a chuteira ou vir ao Campori, aprender mais sobre Deus e me divertir? Então decidi vender minhas coisas. Vendi pra bazar, brechó. Aí eles começaram a me dar um 'dinheirinho', até eu conseguir o valor total para pagar o Campori", conta o desbravador. “Ele é um menino muito esforçado e dedicado às atividades”, comenta Guilherme Nastrini, tesoureiro do Clube Águias do Sul.
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Além de superar a dificuldade financeira, Nicolas é portador de diabetes tipo 1 desde os 3 anos de idade. O pâncreas do garoto não produz insulina. Durante o dia, ele precisa fazer algumas "correções" na glicemia com os medicamentes que usa a fim manter o controle dela no sangue. "Se ele consome dez refeições ao dia, são dez aplicações de insulina que precisam ser feitas nele, pelo fato de o pâncreas não produzir nada desse hormônio", explica Alcides Lourenço, pai do garoto.
Esforço dobrado
Apesar de sempre precisar estar atento aos níveis de glicemia para não ter hiper ou hipoglicemia, e tomar as medicações no momento certo para não prejudicar a saúde, ele não tem se sentido prejudicado e está aproveitando bastante "a melhor aventura" com os seus amigos do clube.
"Meu pai está aqui e me ajuda com essa questão. Mas quando ele está ocupado [trabalhando na cozinha do acampamento], eu mesmo 'corrijo' quando minha glicemia dá de ficar alta, por meio do aparelho que tenho", explica.
Para o juvenil, a oportunidade de participar do Campori é quase indescritível. "Estou achando tudo muito legal. Poder vir aqui na arena, aprender mais sobre a Palavra de Deus, participar das atividades com os meus amigos, conhecer pessoas de outros países, aprender um pouco sobre a cultura deles, o jeito de eles falarem e tentarem se comunicar com a gente, enfim, pra mim está sendo muito especial isso", pontua Nicolas.
"A Melhor Aventura" dos desbravadores do Clube Águias do Sul e dos outros clubes do sul e da zona da mata de Minas Gerais que participam do evento continua a ser contada no Facebook e Instagram (stories e feed) da Associação Mineira Sul, sede administrativa da Igreja Adventista para essas regiões de Minas, até o dia 20 de janeiro.