Por quase uma década, o burburinho no mundo virtual (e real) criado a partir do embate entre os simpatizantes do Big Brother Brasil e os que não curtem muito o programa da Rede Globo vira um dos principais assuntos na “ordem do dia” dos bate-papos. Realmente, é perceptível como o programa caiu no gosto popular, que, mesmo com a audiência em queda, gera receitas astronômicas para o canal que o exibe.

Não preciso aqui mostrar minha opinião sobre o BBB, que você já deve imaginar o quão negativa é. Quero chamar a atenção para o formato do programa. Os “Reality Shows” tem se proliferado nos últimos anos. Com os mais variados temas sendo contemplados, o principal segredo do sucesso é a simples receita de mostrar problemas e assuntos cotidianos, numa perspectiva quase que documental. E tem surgido gratas surpresas, principalmente nos canais fechados, que hoje estão acessíveis a uma boa parcela da população brasileira. Exemplos como Undercover Boss (Fox Life) e Trato Feito (History Channel), são exemplos de programas do gênero que podem ser tratados também como entretenimento familiar, sem apelações.

O fato é que as pessoas gostam muito de acompanhar os desafios e o cotidiano de outras. E mais: pessoas gostam de encarar os desafios e se mostrarem aptas para vencê-los. É uma característica marcante desta Geração do Milênio e entender como a cabeça da mesma funciona é o segredo dos realities. Num mundo onde a privacidade vem se tornando cada vez mais relativa, e por que não dizer escassa, talvez este seja o formato de programas e projetos que tenda mais ao sucesso!

Como poderíamos aproveitar o ensejo dos programas de realidade? Seria possível usar os princípios destes eventos para que aumentássemos o engajamento nos nossos eventos? A resposta é positiva e, na verdade, já temos exemplos muito interessantes em nossas fileiras.
O principal deles é o Missão Calebe. Quer um reality mais intenso e empolgante do que este? Percebo que o instinto desafiador transmitido aos calebes e a empolgação dos mesmos com a missão é similar ao que vemos nos programas televisivos. E o engajamento e resultados positivos com o Missão Calebe têm se mostrado cada vez maiores. Assim como este exemplo, vários outros programas têm tido estratégias similares e, em consequência, bons resultados.

Tenho tido experiências muito interessantes com este gênero de programação. Talvez a mais intensa delas seja o Sherlock, tipo de game-show criado por mim e pelo Pr. Daniel Mota em 2006, no IAENE. O programa (que já foi tema de um episódio do “De Passagem”, da TV NovoTempo) é anual e consiste em grupos de alunos que, em torno de um objetivo investigativo em comum, exploram os conhecimentos gerais, de ciência, raciocínio lógico e analítico para resolução de um problema. No último programa, em novembro de 2012, foram 33 equipes, com 10 membros cada, andando pelo campus em busca da resolução de um caso. Um extremo sucesso! Fico feliz, pois vejo a importação da ideia (levada por ex-alunos do IAENE) em outras escolas, em Clubes de Jovens, em Retiros de Carnaval e em Acampamentos de Desbravadores, por exemplo.
Esta é uma demonstração de que podemos criar “realities”, em momentos diversos, com objetivos diversos, dentro dos nossos eventos ou programações, visando o engajamento e criação de um senso de responsabilidade e foco nos resultados. Muitos outros podem ser feitos, como Concursos e Gincanas. E claro, sempre lembrando da utilização de ferramentas digitais, imprescindíveis hoje em dia.

O tempo de se focar em realidade chegou. E não se pode ficar fora deste movimento!

PARA VER, LER OU OUVIR MAIS

Curiosidades e Testes Bíblicos – Em qualquer gincana bíblica, conhecimento sobre o tema é fundamental. Este livro clássico da CPB, com suas perguntas muito bem elaboradas, pode ser a base para um ótimo entretenimento. Para adquirir: www.cpb.com.br
Earth Cam – Site onde você encontra câmeras espalhadas nas principais cidades do mundo, vendo o que está acontecendo em real time. www.earthcam.com