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Coluna | Carlos Magalhães

Clubhouse: como usá-lo para compartilhar esperança

Rede social de áudios permite interação em tempo real com pessoas de todo o mundo


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(Foto: Shutterstock)

Cada sala permite a participação de até 5 mil pessoas e não há como armazenar as conversas (Foto: Shutterstock)

Fenômeno recente, o Clubhouse é um aplicativo de rede social que permite conversas em grupo apenas por áudio. Lançado em 2020, o app teve um crescimento viral no início de 2021 e atingiu rapidamente a marca de 2 milhões de usuários.

Na prática, a plataforma oferece uma grande variedade de salas para se conversar sobre diversos assuntos. O aplicativo também ficou conhecido pela participação de famosos e celebridades, que dialogam com o público em tempo real. Hoje, está disponível apenas para usuários de iPhone (iOS), mas a empresa proprietária promete uma versão para os celulares com Android para os próximos meses.

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O crescimento do Clubhouse tem motivado vários adventistas a experimentar esse novo espaço digital como uma oportunidade de compartilhar sua fé. Por esse motivo, deixo algumas sugestões e orientações que podem ser úteis para aqueles que desejam explorar os recursos desse aplicativo.

Relacionamento e missão

Os adventistas são incentivados a utilizar as redes sociais, como o Clubhouse e outras formas de comunicação digital, com o objetivo de promover o acolhimento e a amizade sincera.

Compartilhar a mensagem de esperança também deve ser um dos principais objetivos a se buscar no Clubhouse. Lá existem muitas pessoas procurando aprender sobre como superar dificuldades e entender a razão dos principais dilemas da vida.

Ali também é essencial promover diálogos construtivos e se manifestar de forma equilibrada. Preferencialmente, siga pessoas com as quais tenha afinidade de opinião e evite confrontos desnecessários com quem discorda do que você crê.

Recomenda-se, assim como para qualquer outra rede social, que o tempo de uso seja equilibrado para que não prejudique outras atividades da vida, que também são importantes.

Privacidade e segurança

Um dos principais questionamentos sobre o Clubhouse é a privacidade. Até a publicação deste artigo, o app revelava publicamente a sala em que os usuários se encontravam. Por isso, é recomendável evitar naquelas com temáticas que possam gerar a má interpretação de outros seguidores.

As salas públicas estão abertas a todos os usuários. Por isso, nem todo tipo de assunto deve ser discutido ali. Para as organizações empresariais, governamentais e eclesiásticas, o aplicativo não é um local apropriado para falar sobre estratégias internas, desafios e solução de problemas. É necessário equilíbrio e prudência. O elevado risco de espionagem tem levado alguns países e entidades a proibir o uso do aplicativo.

Faça sua estratégia 

  1. Antes de criar uma sala no Clubhouse, monitore os temas relevantes e atue de acordo com a estratégia da sua Igreja ou do seu ministério individual.
  2. É essencial ter cuidado na publicidade das iniciativas da igreja no Clubhouse. Essa rede social pode ser considerada exclusivista por estar disponível apenas para usuários do Iphone e também excluir os surdos.
  3. Ao gerar conteúdo religioso, o usuário não deve se esquecer de seu papel de representante da Igreja. A visão que as pessoas terão do cristianismo pode ser a mesma que tiverem de você. Dessa forma, não faça comentários rudes em relação aos seguidores, não opine ou defenda ideologias controversas ou diferentes das defendidas pela Igreja.

Exemplo a ser seguido

 Se você deseja utilizar o Clubhouse de maneira positiva e tem dúvida de como irá atuar, sugiro seguir a estratégia de Jesus: “Unicamente os métodos de Cristo trarão verdadeiro êxito no aproximar-se do povo. O Salvador misturava-Se com os homens como uma pessoa que lhes desejava o bem. Manifestava simpatia por eles, ministrava-lhes às necessidades e granjeava-lhes a confiança. Ordenava então: “Segue-Me” (João 21:19)" (A Ciência do Bom Viver, p. 49).

Carlos Magalhães

Carlos Magalhães

Igreja Conectada

Como levar a mensagem de Cristo ao maior número possível de pessoas usando a tecnologia digital

Graduado em Publicidade e Propaganda, é mestre em Administração pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e por anos atuou no segmento de e-Health. Tem se dedicado ao desenvolvimento de estratégias de evangelismo na internet há mais de 10 anos, e atualmente é o gerente de Marketing Digital da sede sul-americana da Igreja Adventista.