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Campanha utiliza recursos lúdicos para manter crianças longe da violência

Em três estados da região, a campanha Quebrando o Silêncio distribui 400 mil revistas informativas sobre o abuso infantil, com edições segmentadas para adultos, adolescentes e crianças.


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Crianças de Viana (ES) recebem revista da campanha que aborda a violência infantil em linguagem adequada à idade

A violência pode estar onde menos se espera: dentro de casa. É o que aponta um balanço realizado a partir de ligações feitas em 2017 para o Disque 100, serviço brasileiro de recebimento de denúncias. O levantamento constatou que 62% dos atos de violência contra menores foram praticados por familiares, na residência da vítima ou dos acusados.

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Mas para falar sobre este assunto com os pequenos, principalmente sobre violência sexual, é preciso utilizar recursos lúdicos. Em geral, são apresentações com bonecos que mostram para a criança que elas precisam ter privacidade e que algumas partes do seu corpo não devem ser tocadas por outra pessoa. As histórias ensinam que, ao perceber qualquer atitude estranha, é preciso contar para alguém de confiança.

Estes foram os recursos usados por voluntários da Igreja Adventista durante uma ação social realizada neste sábado, 24, em Rio das Ostras, Região dos Lagos do Rio de Janeiro. E também por professores da Escola Adventista de Montes Claros, ao conscientizar os alunos sobre o tema.

As ações integram, a campanha Quebrando o Silêncio, um projeto educativo de prevenção contra a violência doméstica, promovido pela Igreja Adventista. O tema abordado neste ano é o combate ao abuso sexual infantil.

Prevenção contra violência foi trabalhada por meio da apresentação de historias em Rio das Ostras (RJ)

Prevenção contra violência foi trabalhada por meio da apresentação de historias em Rio das Ostras (RJ)

De acordo com a professora Sara Lima, coordenadora do projeto para os estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, o intuito é o alerta seja feito aos fiéis da Igreja Adventista, mas principalmente estendido à sociedade.

“Estamos trabalhando o projeto internamente, com as famílias da Igreja, e também com o público externo, com o foco em passeatas e palestras nas escolas públicas, porque, infelizmente esse problema do abuso sexual infantil pode existir em todos os lugares: igreja, escolas públicas ou particulares e não podemos fechar os olhos para isso”, pontua Sara.

Nos três estados, a campanha distribui, gratuitamente, 400 mil revistas informativas sobre o assunto com edições voltadas para adultos, crianças e adolescentes.

Ações em várias regiões

Veja um resumo das atividades da campanha na região:

Espírito Santo

Nesta sexta-feira, 23, alunos da Escola Adventista da Serra visitaram uma escola municipal para conscientizar as crianças e distribuir revistas da campanha. E neste sábado, 24, a fim de promover a reflexão, alunos da Escola Adventista do Ibes, em Vila Velha, levam seus pais para passar o dia com crianças que enfrentaram situações de vulnerabilidade e hoje moram em casas de acolhimento.

Mas a maior parte das mobilizações em prol da campanha Quebrando o Silêncio no Espírito Santo ocorreu em forma de passeatas. Em Colatina, aproximadamente 500 pessoas foram às ruas na manhã deste sábado alertar a comunidade sobre o abuso infantil.

Veja detalhes na entrevista exibida pela TV Gazeta, afiliada Rede Globo na região:

Em Viana, no Sul do estado, houve uma passeata com aproximadamente 150 pessoas que contou com a participação do Ministério Adventista de Motociclistas. Em Marechal Floriano a campanha ocorre neste domingo, 25, promovendo também feira de saúde e doação de sangue.

Minas Gerais

Alunos de escola pública de Dom Cavati (MG) apresentam encenação em praça sobre combate à violência

Em Minas Gerais, a campanha também começou cedo. Na última semana, estudantes da Escola Adventista de Montes Claros participaram de palestras com representantes do Conselho Tutelar e da defensoria pública. A iniciativa foi noticiada pela InteTV, afiliada da Rede Globo na região. Assista à reportagem:

O alerta também foi feito nas escolas públicas. Representantes da campanha trabalharam o conteúdo das revistas voltadas para crianças e adolescentes com alunos da rede municipal de ensino de Dom Cavati e de seis escolas estaduais de Conselheiro Pena, cidades situadas no Leste mineiro.

Na capital, alunos do Colégio Adventista de Belo Horizonte levaram o assunto para ser discutido na Câmara Municipal. A visita foi realizada na última quinta-feira, 22, e marcada pela distribuição de materiais informativos aos vereadores e demais funcionários do local.

Na noite de sexta-feira, 23, a Igreja Adventista Central de Sete Lagoas, no Centro do estado, recebeu a delegada Stefania Nunes Vagas, da Delegacia Especializada da Mulher para orientar os pais sobre o combate à violência sexual e como superar as marcas que ficam após situações deste tipo.

No Sul do Estado, houve passeata na cidade de Matias Barbosa e ação social em um bairro carente de Pouso Alegre, com brincadeiras, apresentação de histórias e varal solidário.

Em Juiz de Fora, também no Sul, ocorreu no domingo uma série de atividades voltadas para crianças: brinquedos infláveis, pintura de rosto, algodão doce, pipoca e outras brincadeiras. Além disso, será entregue o material de apoio da campanha. Mais detalhes da iniciativa constam na entrevista realizada pela TV Integração, afiliada Rede Globo. Confira:

Rio de Janeiro

Voluntários foram às ruas no estado do Rio de Janeiro para alertar contra a violência infantil

Na capital fluminense, a campanha promoveu palestras em diversas igrejas adventistas pela manhã e distribuiu materiais informativos nos bairros. À tarde, o tema foi abordado numa ação social promovida na comunidade Rio das Pedras.

Na região Serrana, houve passeata em Teresópolis. Em Petrópolis, voluntários organizaram uma feira de saúde. A população recebeu os materiais informativos da campanha enquanto era atendida por enfermeiros nutricionistas e psicólogos.

Em Nova Friburgo, ocorreu neste domingo uma feira de saúde, com diversos serviços, entre eles atendimento jurídico e psicológico a fim de ajudar pessoas que enfrentam situações de violência.

Os recursos lúdicos também foram usados para abordar o tema com crianças em um shopping de Campos dos Goytacazes, no norte do Estado. Com linguagem apropriada à faixa etária, voluntários do projeto ensinaram as crianças a identificar situações de risco e buscar ajuda.

Veja mais fotos do projeto nos três estados: