Pensar no batismo dos nossos filhos é pensar com intencionalidade para acompanhar seu desenvolvimento espiritual. Desde os primeiros anos de vida, por meio de diversas atividades, como o culto familiar, a admiração e o respeito pela criação de Deus, a participação ativa na Escola Sabatina e em outras atividades da igreja, incentivamos as crianças a conhecerem a Deus e desenvolverem uma amizade com Jesus.

Mas chega uma idade, entre 8 e 11 anos, dependendo da maturidade da criança, em que os adultos devem motivá-la a tomar uma decisão pública de seu compromisso e aceitação da salvação que Jesus oferece a todos os seus filhos: o batismo.

Por que encorajar as crianças a aceitar Jesus como seu amigo e salvador?

1. O amor de Deus é para todos, como João 3:16 deixa claro. As crianças estão incluídas nesse convite de Jesus.

2. O sacrifício de Jesus, mencionado em Romanos 5:8, foi também em favor das crianças.

3. Jesus tinha um apreço especial por elas, como mostra Mateus 19:14.

4. Porque o grande conflito espiritual também é real na vida das crianças. Ao ensinar-lhes a diferença entre o bem e o mal, devemos mostrar-lhes que só Jesus pode salvá-las do pecado e ajudá-las a vencer as tentações do dia a dia.

Como prepará-las para o batismo?

No desenvolvimento espiritual, o batismo é uma das decisões mais importantes que uma pessoa pode tomar. Ela merece todo cuidado. Ellen G. White, em seu livro Conselhos para a Igreja, página 303, dá preciosas orientações a serem lembradas:

• Os pais têm uma grande responsabilidade em preparar os filhos para tomar essa decisão. Eles devem trabalhar nesse sentido e mostrar em sua vida um verdadeiro exemplo de amizade com Jesus.
• As crianças devem entender claramente o significado do batismo: “Simboliza arrependimento do pecado e começo de uma vida nova em Cristo Jesus”.
• Essa decisão não deve ser tomada de forma apressada e imprudente.
• “Consentindo no batismo dos filhos, os pais estabelecem, em relação a eles, uma responsabilidade sagrada de despenseiros, para guiá-los na formação do caráter. Comprometem-se a guardar com especial interesse esses cordeiros do rebanho, para que não desonrem a fé que professam”.
• Caminhar com Jesus é motivo de alegria e felicidade; por isso, esse princípio deve estar presente na educação espiritual. A decisão não deve ser baseada no medo da condenação por não aceitar a Jesus.
• “Com carinhoso zelo, devem ensinar-lhes dia a dia o que significa ser filhos de Deus e induzi-los a render-se em obediência a Ele”.
• Antes de ser batizado, e durante sua preparação para esse momento, uma pergunta que deve ser respondida positivamente é: Seu primeiro propósito na vida é trabalhar para Deus?
• “Depois de feito tudo o que é necessário, e eles revelarem ter compreendido o que significam a conversão e o batismo, e estarem verdadeiramente convertidos, devem ter a permissão para serem batizados. Mas, repito, é preciso primeiramente agir como pastores fiéis em guiar-lhes os inexperientes pés no caminho estreito da obediência”.

Dicas importantes

Para aceitar Jesus como amigo e salvador, as crianças devem primeiro conhecê-Lo. Ninguém ama, respeita e obedece quem não conhece. É por isso que tanto os pais quanto os adultos de confiança devem se propor conscientemente a trabalhar por sua salvação. Isso exige, antes de tudo, uma vida de comunhão com Deus que se exterioriza por meio de um exemplo real de verdadeiro cristianismo. As crianças são especialistas em descobrir inconsistências entre o que é dito e o que é feito! Muitas vezes isso é motivo para gerar decepção em crianças e adolescentes por uma “falsa religião” que os adultos vivem.

Além disso, lembre-se que educar conscientemente no caminho espiritual significa investir:

• Tempo, para ensinar-lhes verdades bíblicas e obediência a Deus em cada estágio de seu crescimento.
• Paciência, para ajudá-las a superar seus defeitos de caráter e conduzi-las à fonte de toda verdadeira transformação: Jesus Cristo.
• Recursos, para colocar à sua disposição materiais audiovisuais e experiências que ensinem os valores cristãos.

Torne essa decisão relevante na vida de cada criança, prepare uma festa espiritual para celebrá-la e dedique-se a acompanhar com responsabilidade seu desenvolvimento espiritual. “Ao tocar o Espírito Santo o coração das crianças, cooperai com Sua obra. Ensinai-lhes que o Salvador as está chamando, que coisa alguma Lhe poderá causar maior alegria do que se entregarem a Ele na florescência e vigor de seus anos” (Ellen G. White, Evangelismo, p. 580).