Hebreus é uma epístola singular. Por um lado, contém profundas exposições teológicas; por outro, exorta os leitores a se comprometerem com as verdades apresentadas. Trata-se, na realidade, de uma rara joia literária.

Em Carta aos Hebreus (CPB, 104 páginas), essa dinâmica fica evidente. Félix H. Cortez, que também foi convidado a escrever sobre essa epístola para o novo Comentário Bíblico Adventista, se propõe a analisar essas diferentes seções expositivas e exortativas sob uma perspectiva cristocêntrica.

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Seguindo o caminho delineado na carta, Cortez apresenta Jesus como o Filho prometido, o Doador de descanso, o Sacerdote Fiel, a Âncora da alma, o Mediador da nova aliança, o Sacrifício perfeito, o Caminho através do véu, o Autor e Consumador da fé, o Senhor do Reino Inabalável e a Fonte do amor.

Quanto ao autor, Cortez é mestre em Literatura Moderna e doutor em Novo Testamento (veja mais detalhes aqui). Em sua jornada acadêmica, já publicou dezenas de artigos e capítulos de livros. Além disso, presidiu a Sociedade Teológica Adventista (2014-2016) e o grupo de estudos sobre Epístolas Pastorais e Gerais no encontro internacional da Sociedade de Literatura Bíblica (2010-2016).

O leitor que estudar a Bíblia com esse comentário e aceitar o recado de Hebreus para os últimos dias certamente terá novos vislumbres de Jesus Cristo, o grande sumo sacerdote celestial e soberano de todo o Universo.

Veja um trecho do livro:

 “A Carta aos Hebreus é como uma pedra preciosa: rara, enigmática e excepcional. Por um lado, essa epístola contém importantes exposições teológicas. Seus ensinamentos acerca de Cristo são profundos e incluem fortes percepções sobre a humanidade e a divindade Dele (Hebreus 1; 2). Além disso, oferece uma análise detalhada do significado da Nova Aliança e dos papéis que a lei e a cruz têm em nossa salvação (Hebreus 8–10). No entanto, o mais importante é que Hebreus traz contribuições teológicas que são particularmente significativas para os adventistas do sétimo dia. O livro compreende a explicação mais extensa sobre a guarda do sábado de todo o Novo Testamento (Hebreus 3; 4), explica em detalhes o ministério de Jesus no santuário celestial (Hebreus 5–10) e aborda o tema da criação de forma única (Hebreus 11:3). Podemos, então, dizer que a Carta aos Hebreus tem um valor especial para a teologia adventista, assim como Daniel, Apocalipse, Levítico e Gênesis” (página 5).

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André Vasconcelos é editor de livros na Casa Publicadora Brasileira.