Sozinho, mas bem acompanhado
Como aproveitar os anos de solteirice e investir em uma vida com Deus
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Em um cenário em que o amor romântico é constantemente exaltado, muitos jovens cristãos podem sentir a pressão de casar cedo. Seja pela cultura, pela família ou até mesmo pela igreja, a ideia de que a felicidade plena depende de um relacionamento a dois pode gerar ansiedade e escolhas impensadas. No entanto, ser solteiro não é apenas um período de espera, mas uma fase valiosa para crescimento, amadurecimento e descoberta de propósito.
É fundamental diferenciar solidão de solitude. A solidão é o vazio que resulta da ausência de conexão, enquanto a solitude é a capacidade de encontrar contentamento em si mesmo e na presença de Deus. Afinal, Ele é nossa melhor companhia, e estar solteiro não significa estar só.
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1. Você não é uma metade
A crença de que um relacionamento é necessário para se sentir completo pode levar à dependência emocional. Mas a Palavra de Deus nos lembra que nossa identidade e plenitude estão em Cristo, e não em outra pessoa: "Completo estais nele, que é a cabeça de todo principado e potestade" (Colossenses 2:10).
Quando nos reconhecemos completos em Deus, aprendemos a vencer a insegurança e a evitar relacionamentos baseados no medo da solidão. Essa certeza nos dá liberdade para construir conexões mais saudáveis e cheias de propósito.
2. Solteirice: um tempo para plantar boas sementes
A solteirice não é um período de espera passiva, mas uma oportunidade única para investir no que realmente importa. É um tempo fértil para servir a Deus, fortalecer amizades e trabalhar nos sonhos que Ele colocou em seu coração. Como Paulo nos lembra, há uma liberdade especial em estar solteiro para focar nas coisas do Senhor: "O que não é casado cuida das coisas do Senhor, em como há de agradar ao Senhor" (1 Coríntios 7:32).
Esse período é uma chance de plantar sementes que trarão frutos no futuro - não apenas em sua vida pessoal, mas também em sua caminhada espiritual e no impacto que você pode causar na vida de outros.
3. O tempo de Deus é melhor que qualquer cronograma
A sociedade nos pressiona a seguir cronogramas rígidos: namorar cedo, casar logo e “se estabelecer” rapidamente. Mas Deus não trabalha no ritmo da cultura. Ele nos lembra que cada etapa da vida tem seu propósito, e que Seu tempo é perfeito: "Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu" (Eclesiastes 3:1).
Confiar no tempo de Deus é uma forma de exercitar a fé e encontrar paz no presente. A espera, quando vista como um presente, nos prepara emocional e espiritualmente para o que virá.
4. Ame-se para amar melhor
A forma como você se enxerga influencia diretamente suas escolhas. Quem reconhece o próprio valor estabelece limites saudáveis e não aceita menos do que merece. A Bíblia reforça o valor intrínseco que Deus nos deu: "Eu te louvo porque me fizeste de modo especial e admirável" (Salmos 139:14).
Investir no autocuidado e na autoestima é uma forma de honrar a obra de Deus em sua vida. Quando você se ama, reflete essa segurança em seus relacionamentos, atraindo conexões baseadas no respeito mútuo e no amor verdadeiro.
5. Deus está no controle, descanse em Suas mãos
O futuro pode parecer incerto e gerar ansiedade, mas Deus nos chama a entregar nossas preocupações a Ele. O Salmo 37 nos encoraja a confiar plenamente no Senhor, pois Ele sabe o que é melhor para nós: "Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele tudo fará" (Salmos 37:5).
Enquanto confiamos, aprendemos a viver o presente com gratidão, certos de que Deus está preparando o melhor. Quando o casamento fizer parte do plano divino, Ele acontecerá no tempo e da forma que glorifique a Deus e traga alegria duradoura.
Viva plenamente
A solidão nasce do medo, mas a solitude é uma escolha consciente de encontrar plenitude em Deus e na própria companhia. Quem vive bem em solitude desenvolve maturidade, evita relacionamentos por carência e constrói conexões mais saudáveis.
A felicidade não depende do estado civil, mas da forma como escolhemos viver cada fase da vida. O mais importante não é ter um relacionamento humano, mas estar bem acompanhado dAquele que nunca nos abandona: Cristo!
Henilson Erthal é teólogo, educador, mestre em terapia familiar e psicologia da educação. Giselly Zahn é psicóloga, mestre e doutoranda em Ensino em Saúde.