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Professora reencontra Deus em culto online durante a pandemia

Decisão de Solange também foi influenciada pela TV Novo Tempo. Seu batismo ocorreu durante o Dia de Jejum e Oração


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Solange Siqueira (de azul) com sua família e o pastor Jean Quenehen, no dia em que foi batizada (Foto: Paulo Henrique)

Solange Maria de Siqueira é professora, tem 56 anos e mora em Cuiabá, no Mato Grosso. Sua história com a Igreja Adventista começou a partir da dor de perder pessoas amadas. Dentre elas, duas tias e a mãe, que faleceu exatamente no Dia das Mães, no ano de 2008.

“Era como se tivesse perdido tudo! Estava casada, tinha minhas filhas, mas fiquei muito abatida e me sentia desamparada”, relembra. Diante de tanta tristeza, passou a consumir bebida alcoólica compulsivamente. Vendo a situação de Solange, um casal de vizinhos, Osvaldo e Ilda, falaram do amor de Jesus e ofereceram a ela estudos bíblicos.

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Contudo, pouco mais de um mês após a morte da mãe, decidiu que ia tirar a própria vida. Com o casamento cheio de problemas, o plano era deixar as três filhas para que Osvaldo e Ilda cuidassem delas.

“Tudo em mim doía! A sensação era de que eu não existia mais. Era como se eu não visse mais o céu ou não sentisse o chão ao caminhar. Por isso, achava que não havia outra forma de fazer minha dor acabar!”, relata a professora.

No dia em que Solange procurou o casal para contar de sua decisão, não conseguiu, pois estavam ocupados com uma programação da igreja. Ela, então, voltou para casa e resolveu adiar os planos.

Algum tempo depois, outra família da igreja também começou a acompanhá-la e a dar continuidade aos estudos da Bíblia. “Em dezembro de 2008, me divorciei. Em 2009, fui batizada na Igreja Adventista. Mas, confesso que, por tudo o que estava acontecendo em minha vida, não deixei a Palavra de Deus entrar de verdade em meu coração egoísta e fazer a diferença em mim”, declara.

Distanciamento físico e espiritual

O tempo passou, Solange mudou-se de endereço e foi morar longe do templo onde congregava. O distanciamento físico também se tornou espiritual. Aos poucos, deixou de frequentar a igreja, de buscar a Deus e voltou às velhas práticas de antes, principalmente a beber.

“Aconteceu um esfriamento! Após meu batismo, não me senti acolhida pela igreja da forma que eu esperava. Dei espaço para pensamentos como: ‘eles não ligam para mim! Não se importam comigo! Não estão nem aí para mim!’. E não fui mais”, narra a docente.

Certo dia, Osvaldo, o antigo vizinho, a reencontrou e convidou para que voltasse a frequentar a igreja. Mas ela não teve forças para retornar. Sua vida mergulhava cada vez mais no álcool e em relações afetivas conturbadas.

Neste período, Solange até frequentou outras denominações, mas quando ia ao templo, pensava no seu íntimo: ‘bem que esse culto podia ser em um sábado!’. Com saudade, sempre orou a Deus, clamando: ‘Senhor, onde devo frequentar? Onde o Senhor quer que eu congregue? Onde o Senhor me colocar, nunca mais vou sair!’.

Resposta divina

Em uma madrugada de maio de 2020, no começo da pandemia, Solange estava sem sono, assistindo televisão e pulando de um canal para o outro, buscando por algo para se distrair. Então, lembrou-se da TV Novo Tempo.

Naquele horário passava o programa Bíblia Fácil que, em um dos blocos, abordou sobre a importância da guarda do sábado. Nesse instante, decidida, disse a Deus: ‘Senhor, vou voltar para a Igreja Adventista!’.

Apesar de estar determinada, se sentia envergonhada por ter ficado tanto tempo longe. Lembrou que, daqueles vizinhos tão queridos que a ajudaram, ainda tinha o contato da filha e do genro do Osvaldo, a Marlene e o Carlos. Procurou por eles e contou de sua decisão.

Carlos e Marlene ficaram muito felizes e a convidaram para assistir ao culto online daquela quarta-feira. O tema daquele culto foi a história do filho pródigo. “A impressão é que foi tudo feito para mim! Tenho certeza de que foi Deus que preparou tudo!”, afirma emocionada.

Solange se identificou com cada palavra da mensagem daquela noite e, durante o apelo, entregou completamente sua vida a Jesus. “Naquela noite, senti ser retirado tudo o que havia de mau em meu coração. Eu renasci!”, declara.

Solange durante seu batismo, quando demonstrou seu desejo de ter a vida restaurada (Foto: Paulo Henrique)

Consagração e Restauração

No dia 1º de maio de 2021, exatamente em um sábado, Solange selou seu reencontro com Deus e confirmou o desejo de ter a vida restaurada. Ela foi batizada durante a programação especial do Sábado de Jejum e Oração, em uma live para toda a Igreja Adventista da região Centro-Oeste.

Neste dia, a Igreja Adventista do Sétimo Dia na América do Sul participou de um programa de consagração e restauração: o Sábado de Jejum e Oração em favor das famílias enlutas, dos doentes, e da busca pelo Espírito Santo, a fim de reforçar o compromisso pessoal com Deus, assim como a professora Solange fez.