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ADRA proporciona novas perspectivas para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade

Casas de acolhimento e projeto específicos levam atendimento e cuidado para centenas de pessoas


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O projeto Garotas Brilhantes tem ajudado dezenas meninas em situação de vulnerabilidade (Foto: ADRA Brasil)

A pandemia de covid-19 deixará marcas profundas na saúde mental das crianças e adolescentes em todo o mundo. Esse é o alerta do relatório sobre saúde mental divulgado em 4 de outubro pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef, na sigla em inglês).

Realizado em 21 países, o estudo estimou que a cada sete crianças e adolescentes, um deles convive com transtorno mental. Questões como escolas fechadas, restrições de mobilidade e isolamento social contribuíram com a elevação de angústias já existentes, anteriormente percebidas na interação social. A pesquisa, também realizada no Brasil, identificou que 22% de pessoas com idades entre 15 e 24 anos responderam sentir-se sem interesse em desenvolver atividades, além de considerarem-se deprimidos.

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No entanto, uma das sugestões do estudo é que é possível minimizar os fatores de risco e aumentar a proteção da saúde mental para crianças e adolescentes. Um dos passos é contar com o auxílio da família para que proporcionem uma educação equilibrada. Assim, também é fundamental que as instituições ensino tenham estratégias que vivem a saúde emocional dos estudantes. E, por último, contar com o envolvimento de autoridades no investimento de mais recursos para impulsionar pesquisas quanto ao assunto.

Parcerias

Para contribuir para a diminuição de tais índices, a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA) firma parcerias com prefeituras, Estados e entidades para realizar projetos em todo o Brasil. O objetivo é ajudar a melhorar a condição de vida de quem vive em situações de vulnerabilidade.

De acordo com a psicóloga Nayla Jeske, o desenvolvimento de programas como os idealizados pela ADRA promove a saúde mental de crianças e adolescentes. “Eles visam a transposição de experiências adversas, desenvolvendo a habilidade para lidar com os problemas - traumas, perdas, frustrações -, transformando-as em pessoas capazes de enfrentar crises e seguir em frente”, destaca.

Novos caminhos

Em Gravataí, no Rio Grande do Sul, a ADRA mantém o projeto Garotas Brilhantes. A ação é voltada para adolescentes de 14 a 17 anos que vivem em situação de vulnerabilidade por diversos fatores. A iniciativa oferece palestras educativas para quem começa a vida sexual na adolescência e não possui informações necessárias para cuidar da própria saúde.

Aplicado na Escola Estadual Carlos Bina, localizada em uma região com alto índice de criminalidade, gravidez na adolescência e suicídios, conta com oficinas aplicadas por meio de dinâmicas e rodas de conversa sobre questões como autoestima; autocuidado; autodesenvolvimento pessoal e autovalorização; suicídio; automutilação; gravidez na adolescência; sexualidade; relacionamentos abusivos; alcoolismo; drogas; abusos sexuais e psicológicos; e violência.

Além disso, são trabalhados valores que englobam um projeto de vida e empreendedorismo. As atividades são realizadas por psicólogos, psicopedagogos, assistentes e educadores sociais.

A assistente social e coordena o projeto, Flavia Cardoso, explica que apresentar a possibilidade de mudança é algo transformador. “Saber que garotas mudarão a trajetória da sua história com mais consciência nas escolhas, com propósitos e autonomia é o que nos move.  Entendo que uma garota melhor preparada pode mudar sua vida, família e comunidade, e isso nos enche de esperança”, reforça.

Iniciativas na comunidade escolar

A diretora da escola, Márcia Soares, garante que as atividades, iniciadas em julho deste ano, chegaram para enriquecer as ações pedagógicas da instituição. “Nossas meninas necessitam de orientação, direção e motivação, e o projeto proporciona tudo isso. Ver os olhos dessas meninas cheios de sonhos e possibilidades é maravilhoso”, acrescenta.

A adolescente Kalline Lamarque, de 15 anos, estava passando por momentos difíceis. Apoiada pelos pais, começou a frequentar o “Garotas Brilhante” e tem despertado novas realidades para sua vida. "Estou amando! Cada quinta-feira consegue superar a outra e ser melhor ainda. Estou aprendendo a me olhar de outra forma e a correr atrás dos meus sonhos", revela.

Por todo o Brasil

Além do Rio Grande do Sul, nos Estados do Espírito Santo, Amazonas, Rio de Janeiro, Rondônia, Bahia, São Paulo, Santa Catarina e no Distrito Federal, a ADRA opera nesta área de prevenção e auxílio direto a crianças e adolescentes em situação vulnerável.

Em Salvador, na Bahia, o Centro de Incentivo ao Desenvolvimento Infantil (conhecido como Projeto Cidinho), tem acompanhado crianças em situação de vulnerabilidade que encontraram através da educação uma nova alternativa para vida. As ações acontecem no contraturno, com aulas de reforço, inclusão digital, introdução à música e contam com uma biblioteca.

No Espírito Santo, a ADRA atua em parceria com os municípios de Cariacica, Viana, Vila Velha e Vitória na coordenação de casas de acolhimento infantil. São crianças e adolescentes de 0 a 18 anos, vítimas de abandono, violência e maus tratos, encaminhadas pelo Poder Judiciário e/ou Conselho Tutelar, em caráter provisório, até que seja viabilizado o retorno do acolhido à família de origem ou, na sua impossibilidade, encaminhado à família substituta.

Em Minas Gerais, o projeto “Casas de Esperança” busca retirar menores das ruas, protegendo-os da violência. Contando com 11 locais de acolhimento e funcionando desde dezembro de 2013, os locais acolhem crianças e adolescentes de 0 a 18 anos em Belo Horizonte, capital do Estado. Estes foram retirados da família por ordem judicial ao se encontrarem em situação de risco ou viverem em condições que poderiam prejudicar o seu desenvolvimento físico, emocional ou social. Essas principais situações incluem o uso de drogas, privações afetivas, socioeconômicas e culturais, além de ambientes violentos.

Em todos os Estados do Brasil, a ADRA tem iniciativas para saúde mental e bem-estar para crianças e adolescentes. Para saber como colaborar, visite adra.org.br


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