Adventistas votam ministério inclusivo no Manual da Igreja
Um dos votos mais importantes até agora fortaleceu o Ministério Adventista das Possibilidades na realidade das congregações locais
A Igreja Adventista do Sétimo Dia deu um passo significativo para valorização de ministérios inclusivos. Na noite desta quarta-feira, 8, os delegados presentes à assembleia mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia aprovaram, com 99,6% dos votos, uma nova seção no manual da organização. Trata-se do Ministério Adventista das Possibilidades. No mundo, estima-se que haja 1 bilhão de pessoas com algum tipo de deficiência física ou intelectual1, o que justifica plenamente tal preocupação.
Na prática, a inclusão de tal área no Manual da Igreja Adventista implica, por exemplo, na nomeação de líderes nas congregações locais a fim de realizarem um trabalho eficiente em relação às pessoas com deficiência.
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A ideia do voto é, também, a de incluir o conceito geral e importância do Ministério nas congregações locais. A proposta afirma que o ministério deve alcançar surdos, cegos, pessoas com mobilidade reduzida, e as que possuem deficiência no desenvolvimento social e mental, entre outros grupos.
O documento aprovado pelos delegados da assembleia mundial tem pelo menos três valores essenciais. O primeiro deles é a consciência das necessidades. Outro aspecto diz respeito à aceitação das pessoas que possuem deficiência. Finalmente, um último princípio é o desenvolvimento de planos de ação específica. Estes planejamentos devem ser implementados a fim de prover oportunidades para que todos encontrem seu propósito na igreja.
Líderes locais
O pastor Alacy Barbosa, que lidera o Ministério Adventista das Possibilidades na América do Sul, comenta que “o grande desafio é realmente o de haver mais líderes e equipes para desenvolver essa área”.
Barbosa ressalta que já há, no território sul-americano, um manual para orientar as atividades. Em sua concepção, este tipo de ministério é muito importante porque torna a Igreja Adventista uma ponte essencial às pessoas com deficiência na sociedade. “Não é somente falar de estrutura, mas trabalhar o respeito e a inclusão destas pessoas na comunidade adventista para que o evangelho chegue até eles de forma relevante”, salienta.
Expectativa alcançada
Na avaliação de muitos delegados, que se manifestaram sobre a proposta, o clima era de uma expectativa alcançada. O ministério realizado por meio e para benefício das pessoas com deficiência é um desejo de muitas famílias. Diane Thurber, delegada representante da Divisão Norte-Americana (sediada nos Estados Unidos), ressaltou que “a Igreja vai aprender mais a incluir todos os filhos de Deus com o desejo de apoiar a missão. O povo de Deus não será completo sem esses irmãos e irmãs”. Diane é ativa líder do ministério Christian Records, que atua com pessoas cegas.
Larry Evans, forte entusiasta desta inclusão no Manual da Igreja Adventista, foi um dos que também comentou. Ele é diretor do Ministério Adventista das Possibilidades na sede mundial da denominação. Evans comentou, durante a apreciação do voto, que hoje são oferecidos cursos para quem deseja aprender línguas específicas de sinais nos idiomas português, espanhol, inglês e francês. Ressaltou, ainda, que estão incluídos neste grupo beneficiado pelo voto as viúvas e órfãos.
A percepção de alguns delegados foi a de que a iniciativa significou um primeiro passo. Ou seja, depois de um voto como esse surgirá a necessidade de outras atitudes. Paulina Alvarez, do Chile, falou, por exemplo, da importância de educação com capacitações para as pessoas a respeito do assunto. E isso em todos os departamentos da igreja.
Bhaju Shrestha, delegado do Nepal, pediu que as próprias reuniões da assembleia e outras apresentem legendas e adaptação para pessoas com deficiências. L’Tonya Jackson, delegada da Divisão Norte-Americana, salientou que o Ministério Adventista das Possibilidades é essencial porque vai ajudar a envolver mais pessoas na pregação do evangelho.
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