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A história de quatro gerações da mesma família que acampam juntas

Da bisavó que levou cinco décadas para conseguir ingressar num clube ao garoto que praticamente já nasceu desbravador.


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Clube fortalece o vínculo e ajuda a construir memórias divertidas em família (Foto: Gustavo Leighton)

Uma árvore genealógica repleta de lenços amarelos. Assim pode ser descrita a família de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, que carrega no DNA a paixão pelos Desbravadores. Ainda hoje, aos 92 anos, a matriarca, Aparecida Carvalho, não perde uma atividade do clube junto à filha, o neto e o bisneto.

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Participante da edição Alpha do V Campori Sul-Americano, Aparecida ainda mantém os hábitos dos primeiros acampamentos em que esteve. Dorme em barraca e está sempre por perto da cozinha do clube, onde por muito tempo ocupou o posto de cozinheira oficial.

Ela só conseguiu se tornar desbravadora quando tinha cerca de 50 anos de idade, depois de um dos filhos fundar o primeiro clube de Mirassol, em São Paulo, onde residia. Junto à filha, Conceição Carvalho, a idosa costumava auxiliar a diretoria.

Quando o neto, Raynner Chaim, filho de Conceição, completou 10 anos, recebeu incentivo para ser desbravador. “Eu era muito ‘arteiro’ e minha avó me mandou para o clube para ‘aprender a ser gente’”, brinca. “O dinamismo me encantou, principalmente as especialidades e acampamentos.”

Se por um lado a matriarca levou muitos anos para conseguir participar do projeto, o bisneto dela, Thiago Henrique, de 15, praticamente nasceu sendo desbravador. Quando criança, ele acompanhava o pai, Chaim, em algumas atividades e entrou para o clube assim que completou dez anos.

Participar de acampamentos com a bisavó já se tornou uma tradição. “A animação dela me motiva. Sempre vejo ela muito feliz todos os dias no clube”, enfatiza Thiago.

Família formada através do clube

Kelly e Raynner Chaim se conheceram no clube na década de 1990 (Foto: Gustavo Leighton)

Aos 13 anos, durante um Campori, Chaim conversou pela primeira vez com Kelly Souza, que se tornaria sua esposa oito anos depois. A filosofia dos desbravadores influencia o casal na criação do filho. “O clube trabalha muito a disciplina e utilizamos estes ensinamentos na educação dele, sempre promovendo o diálogo”, destaca Kelly.

O clube de ontem e hoje

Há quatro décadas, quando Aparecida se tornou desbravadora, a realidade era bem diferente. “Tinham poucas crianças e poucas atividades”, recorda a idosa.

A filha, Conceição, avalia que o passar do tempo trouxe melhorias para o Clube de Desbravadores como um todo, mas lembra das aventuras do passado com saudade. “As atividades melhoraram, aumentou o número de clubes e de passeios. Por outro lado, antes não tinha como a gente ficar enrolado com a internet [durante os acampamentos]. A gente até esquecia do mundo. Era muito bom”, compara.

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