Igreja aumenta investimentos em evangelismo e reduz custos
Força no evangelismo foi ênfase do relatório apresentado pela tesouraria durante o Concílio Anual da Igreja Adventista do Sétimo Dia.
O relatório financeiro da Igreja Adventista do Sétimo Dia na América do Sul teve um foco claro em suporte à pregação do evangelho. A apresentação realizada pelo diretor financeiro da sede sul-americana, pastor Marlon Lopes, ocorreu durante o Concílio Anual. Ele ressaltou a importância de mais investimentos em evangelismo e missão e redução de custos administrativos.
Lopes explicou que o cenário político e social no território atendido pela sede sul-americana adventista é de instabilidade. Casos recentes, principalmente registrados em nações como Equador, Chile e Bolívia, atestam a realidade de oscilações políticas com consequências diretas na macroeconomia e, também, no cotidiano das pessoas. E, também, com impactos nas finanças de organizações como a Igreja Adventista. “Temos, em vários países, uma situação de dificuldades econômicas e convulsões sociais. Mesmo assim, a Igreja Adventista cresce no suporte à missão”, destacou o líder.
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Menos ingressos e mais investimentos
Outro fator que influenciou negativamente as finanças da Igreja Adventista foi quanto ao ingresso de dízimos. As entradas nos últimos nove meses de 2019 tiveram uma redução de 9,77% (cálculo em dólares) na relação com o mesmo período em 2018. Mesmo se for levado em conta moedas locais dos países abrangidos pela sede administrativa no território, a redução, também, é registrada. A queda, então, é de 4,02% descontada a inflação ponderada dos oito países sul-americanos.
Mesmo assim, Lopes destacou que 90,79% do total dos dízimos gerados neste território nos últimos nove anos foram investidos no que ele chama de evangelismo direto. Trata-se das ações de evangelismo público, plantio de novas igrejas e atividades relacionadas aos diferentes ministérios com ênfase diretamente no preparo de pessoas para tomar decisões em favor de Cristo.
Entram nesta área, por exemplo, diversos itens. Estão incluídas compras de Bíblia, custeio dos jovens no projeto Um Ano em Missão, Missão Calebe, materiais do evangelismo de Semana Santa, Impacto Esperança, Evangelismo-Escola, aplicativos para celulares, material voltado a evangelismo em grandes cidades, livros missionários, subvenção para a Rede Novo Tempo de Comunicação, projetos evangelísticos na web, entre outros aspectos.
Em contrapartida, no mesmo período analisado, os gastos administrativos representaram 16,18% do total e os gastos com pessoal 20,26%.
Outro dado a respeito de investimento na missão mostra que, em 2018, os investimentos financeiros na construção de novos templos em oito países sul-americanos foram 19,10% maiores do que em 2018.
Adequações em 2019
Somente nos primeiros nove meses deste ano, várias adequações ocorreram na Igreja Adventista para garantir otimização dos recursos financeiros. Os gastos com pessoal no território sul-americano nas instituições e sedes administrativas tiveram aumento de 3,29%. Mas vieram acompanhadas, por exemplo, de um programa completo de recursos humanos com clara política de benefícios e plano de carreira.
Ao mesmo tempo, os custos administrativos caíram 45,40% neste período. Várias medidas foram realizadas como: renegociação de contratos com prestadores de serviço, novos convênios, implementação de controles financeiros e uso de videoconferências para reduzir viagens.
Além disso, as despesas com eventos foram reduzidas em 48,40%, a partir de uma reestruturação com uso mais constante de materiais digitais e redução de dias de eventos. Marlon Lopes esclareceu que os conselhos da pioneira adventista Ellen White são muito claros em relação a aspectos onde deve haver redução de custos e onde deve haver investimentos.