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Sábado, dia para ressaltar a soberania do Criador

O amor de Deus pela humanidade pode ser confirmado em cada detalhe daquilo que foi feito por Ele


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O sábado é um lembrete do amor de Deus pela humanidade (Foto: Pexels)

A mensagem da criação e o seu significado são temas centrais da nossa fé e de nossa experiência religiosa. Ela aparece no livro de Gênesis, percorre todo o Antigo e o Novo Testamento e ressoa em Apocalipse 14:7, conclamando a todos que se assentam sobre a Terra: “Temei da Deus e dai-lhe Glória, pois é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.” A criação é, portanto, o fio condutor que une e dá sentido ao drama cósmico que se instalou na Terra desde a criação e queda do homem.

É a partir da criação que entendemos o grande conflito, a verdadeira natureza do homem, a vida, morte e ressurreição de Cristo, a experiência da salvação, o sábado, e que mantemos viva nossa maior e mais sublime esperança: a breve volta de Cristo a esta Terra.

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Considerar que não houve criação e que o homem surgiu por processos evolutivos cegos e aleatórios, ao logo de milhões de anos, torna desnecessário e sem sentido falar na transgressão de Adão e Eva e de suas consequências, já que a morte e a degeneração são partes do mecanismo da evolução biológica, de acordo com o evolucionismo.

A desobediência e queda do primeiro casal só fazem sentido à luz da criação. É em decorrência de serem criados e de receberem orientações sobre como viver de acordo com preceitos divinos que Adão e Eva optaram pela transgressão, abrindo caminho para o sofrimento, a morte e a perda da vida eterna.

Assim, não havendo criação, não haveria queda e seria desnecessário a vinda do Filho de Deus a esta Terra para viver como homem, sofrer, ser torturado e morrer na cruz para salvar cada pessoa do pecado. Afinal, morrer por quem se não houve transgressão? De que valeria o plano da redenção se não houvesse queda? Portanto, redenção e criação estão relacionadas; são como as duas faces da mesma moeda.

Reconhecimento ao Criador

 O plano da redenção implica em uma recriação, implica na restauração deste mundo caído e na formação de um novo céu e de uma nova Terra, livre da dor, do sofrimento, do pranto e da morte. Da mesma forma como somos salvos pela graça, fomos também criados pela graça de um Ser misericordioso que nos fez por ato puro de amor. Que Deus maravilhoso é esse em quem cremos e a quem adoramos!

A diversidade de espécies e cores é uma das marcas da criação (Foto: Pexels)

Por ouro lado, precisamos reconhecer o amor e a misericórdia de Deus em preparar um mundo belo e perfeito para que pudéssemos nele habitar. Cada ato criativo de Deus foi um ato de amor. A Bíblia relata que ao final de cada dia Deus olhou para as obras criadas e reconheceu que tudo era muito bom. Só depois que estava tudo pronto e perfeito foi que Ele resolveu criar o homem, conferindo-lhe a dignidade de ser formado à Sua imagem e semelhança.

O sábado é, portanto, um momento especial de celebração! Uma chance de nos alegrarmos, de regozijarmos com tudo que Ele fez e de descansarmos com Ele enquanto desfrutamos da sua criação. É um dia especial para voltarmos nossa atenção para esta mensagem tão cara para nós: a mensagem de um Deus que nos ama, que nos resgatou da morte e que nos oferece vida eterna e abundante (João 10:10).

É por tudo isso que a Igreja Adventista instituiu o quarto sábado de outubro de cada ano como o Sábado da Criação. O objetivo desta celebração é reconhecer a Deus como nosso Criador e as implicações que este preceito bíblico tem para nós e para nosso relacionamento com Ele. É uma oportunidade de criar um senso mundial de unidade e devoção na promoção deste Deus que a tudo criou e que a tudo mantém.

Para compreender mais sobre o assunto, veja o filme abaixo:

 


Marcos Costa é geólogo, doutor em Geologia pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e presidente da Sociedade Criacionista Brasileira (SCB) e do Instituto de Pesquisa em Geociência para oito países da América do Sul.