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Coluna | Michelson Borges

Como falar com autoridade sobre Criacionismo

Por que é necessário entender o conceito de ciência para usá-la em favor da fé?


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A origem da vida não pode ser explicada a partir da ciência experimental, o que justifica levar o debate ao âmbito do sobrenatural (Foto: Shutterstock)

Muitas pessoas acreditam firmemente que Deus não existe e, assim, que o Criacionismo é uma ilusão. Teriam elas razão?

Não considero o ceticismo um atributo totalmente negativo. Tomé, um dos doze discípulos, era ligeiramente cético e Jesus não o repreendeu por isso. Ele buscava experimentar por si mesmo aquilo que os outros falavam. Porém, é necessário que o cético saiba o que é o verdadeiro ceticismo: questionar tudo e buscar evidências que sejam sólidas para sua cosmovisão.

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A melhor forma de apresentar o Criacionismo ao cético é convidando-o a sê-lo de verdade. Há inúmeras evidências para apresentar: descobertas da biologia molecular que apontam para o design inteligente da vida; eventos históricos narrados nas Escrituras que a cada dia vêm sendo confirmados pela arqueologia bíblica; etc. Então, apenas mostre os fatos e deixe que o cético tire suas próprias conclusões.

Os detalhes da vida gritam em favor do Criacionismo. Os próprios darwinistas confirmam que ela é demasiadamente complexa. Por exemplo, Richard Dawkins, no livro O Relojoeiro Cego, diz que o núcleo de uma ameba tem tanta informação quanto todos os 30 volumes da Enciclopédia Barsa. E todo mundo sabe que informação complexa e específica simplesmente não surge do nada. Logo, toda forma de vida, desde a mais “simples” à mais complexa, revela que houve planejamento.

Há quem diga que os criacionistas têm a mente fechada. Mas, na verdade, nós abrimos a mente para o natural e o sobrenatural – até porque o mundo natural e suas leis não podem ter sua origem em si mesmos. Já os naturalistas fecham a mente para o sobrenatural e se deparam com um dilema: como tudo passou a existir a partir do nada? A verdade é ampla, e deveria ser buscada de maneira igualmente ampla.

Fato é que, se quiser dialogar de maneira construtiva com um naturalista, o criacionista precisa compreender o que é ciência, e saber diferenciar a ciência experimental da histórica. Por exemplo, quando se fala na origem da vida, muitos pensam que o tema está no âmbito da ciência experimental. Este é um equívoco, porque não é possível demonstrar em laboratório como a vida “surgiu” – na verdade, todas as tentativas de fazê-lo fracassaram vergonhosamente. E como testar algo que não se sabe como aconteceu? Simular um suposto “ambiente primordial” sem que haja a certeza de que foi nele que tudo teve início não é ciência, é suposição. Quando entendemos o que é ciência, fica muito mais fácil argumentar em favor do Criacionismo.

Michelson Borges

Michelson Borges

Ciência e Religião

As principais descobertas da ciência analisadas do ponto de vista bíblico.

Jornalista, é editor na Casa Publicadora Brasileira (CPB) e autor de vários livros, como A História da Vida e Por Que Creio. Pós-graduando em Biologia Molecular e mestre em Teologia, é membro da Sociedade Criacionista Brasileira e tem participado de seminários em diversos lugares do Brasil e do exterior. Mantém o blog criacionismo.com.br @criacionismo