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Clube de Desbravadores melhora comunidade a convite da prefeitura

Secretaria de Habitação de Maringá solicitou que clube atuasse em conjunto habitacional onde crianças e adolescentes se envolviam com o crime


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Clube Cidade Verde se reúne em centro esportivo cedido pela Secretaria de Esportes

Maringá, PR ... [ASN] Há um ano e meio o clube de desbravadores Cidade Verde foi convidado pela Prefeitura de Maringá para atuar no bairro Jardim Três Lagoas, a fim de levar uma melhor perspectiva de futuro às crianças e adolescentes da comunidade. A intenção do secretário de Habitação da época era desenvolver um projeto de pós-moradia no conjunto habitacional de 242 apartamentos e 194 casas. A solução foi encontrada após a solicitação da síndica de um dos condomínios, Solange Wallauer.

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“Quando a gente mudou em 2012 aqui para o bairro, a gente teve muita dificuldade com as crianças. Não tinham regras, não tinham limites, havia bastante problemas familiares, e então a gente procurou a prefeitura para nos dar um apoio de como trabalhar com essas crianças”, explica a líder comunitária.

As famílias da comunidade têm como característica, na maioria dos casos, mães que criam os filhos sozinhas e trabalham fora. As crianças ficavam expostas ao risco de consumirem drogas, ter contato com armas de fogo e a atividade sexual prematura. “Eles viram a necessidade de ter algo para as crianças, visto que é uma região nova da cidade, uma região populosa, e convidaram o clube para atuar aqui”, conta o diretor do clube Cidade Verde, Jean Marcelo da Silva Bergamo.

Crianças têm agora uma alternativa e uma perspectiva melhor de futuro

Firmada a parceria, a Secretaria de Esporte cedeu um centro esportivo para as atividades do clube, local onde ocorreu a primeira reunião em fevereiro de 2016 e segue até hoje.

O Cidade Verde começou com 15 inscritos e tem atualmente 50 desbravadores, sem contar a diretoria. Com o número crescente de crianças abaixo dos dez anos, idade mínima para ser um desbravador, foi necessário criar um clube de aventureiros, o Cidade Verde Kids, com 25 participantes. Segundo Jean, apenas cerca de 10% dos juvenis são adventistas.

Mudança na comunidade e na vida dos moradores

A diferença no comportamento das crianças e adolescentes após ingressarem no clube tem sido sentida pelas famílias. A funcionária pública Vanilda Gonçalves, que tem duas filhas desbravadoras, diz ter outra vida agora. “Depois que conhecemos o clube, muita coisa mudou. Só coisa boa. Minha filhas estão bem melhores. E depois que eu conheci o pessoal da Igreja Adventista, sempre estou no meio deles e me sinto muito bem. São muito queridos e não quero que saiam da minha vida nunca”, afirma.

“Antes do clube eu era rebelde, não fazia nada em casa. Como eles trabalham com o espiritual o físico e o mental, eu comecei a mudar em casa e estou bem melhor”, diz Fernanda Gonçalves Stramaro, filha mais nova de Vanilda.

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A menina de 11 anos convenceu a irmã Amanda Gonçalves Stramaro, de 21, a participar do clube. “Ela ia e eu via a felicidade dela, ela sempre chegava do clube empolgada, querendo contar tudo para mim. A gente conheceu o Jean e aos poucos eu comecei a participar e recebi o convite para ser conselheira da unidade. Eu aceitei e é uma coisa que eu não quero mais tirar da minha vida. Eu gostei muito, adoro estar com essa criançada”, relembra Amanda.

Porém, as transformações não ficam apenas no comportamento social. Amanda tomou a decisão de ser batizada. “Eu não tinha conhecimento da Palavra de Deus como estou tendo agora, conhecendo a Igreja Adventista e as pessoas. Eu nunca me senti tão em casa como estou me sentindo agora na igreja e no clube. Eu mudei muito depois que conheci. Eu falava palavrões e era impaciente. Estou mudando aos poucos e aprendendo cada vez mais sobre a Palavra de Deus”, revela a jovem, que estuda a Bíblia com Jean junto com a irmã e a mãe.

A família de Vanilda se prepara para o batismo, assim como ocorreu um dia com a própria Solange, a síndica que pediu ajuda à prefeitura para lidar com as crianças do bairro. “Eu me envolvi com o clube, fiz o estudo bíblico, fui para o campori e quando voltei, em dezembro, fui batizada.” [Equipe ASN, Gustavo Cidral]