Bíblia motiva mulheres a encontrar propósito pessoal e espiritual
Em momentos de tribulação, elas encontraram no livro sagrado o conforto que precisavam para si e compartilharam com outras pessoas.
O Dia Internacional da Mulher começou como uma ação em favor da igualdade dos direitos civis. Na década de 1970, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu a data de 8 de março, a cada ano, para lembrar e celebrar as conquistas – civis, sociais, políticas e econômicas – das mulheres.
A Bíblia destaca a importância do papel delas na sociedade desde os tempos antigos. No relato da Criação, Deus decidiu criar a mulher como uma parceira do homem no cuidado com o mundo recém-surgido (Gênesis 2:18).
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Entre os antigos hebreus, a organização social e religiosa respeitava as mulheres. Há vários exemplos: Ana fez livremente um voto a Deus sobre um assunto pessoal (1 Samuel 1:11, 24-28); uma sunamita costumava agendar consultas com o profeta Eliseu sobre assuntos familiares e espirituais, inclusive aos sábados (2 Reis 4:22-25); Débora e Hulda foram conselheiras civis, militares e espirituais do povo, inclusive prestando aconselhamentos a homens que eram autoridades religiosas e militares da época (Juízes 4:4-8; 2 Reis 22:14-16,20).
Se no passado elas tinham liberdade para procurar a orientação divina e colaborar com assuntos sociais e espirituais, há evidências de que hoje em dia não é diferente. E é possível perceber isso na maneira como se relacionam com a Palavra de Deus em plena era digital, do crescimento da tecnologia e do avanço das comunicações.
Transformadas pela Bíblia
E são histórias que mostram mulheres encontrando propósito pessoal e espiritual. Veja, por exemplo, o depoimento da psicopedagoga Luzia Bastos, de Salvador, capital baiana. Ela viveu um drama no momento em que perdeu o emprego, notícia imediatamente sucedida por outra, que foi o fim de seu casamento. Duas perdas pessoais em um intervalo de tempo tão curto mexeram com sua cabeça. Ela começou a alimentar pensamentos suicidas. Sentia-se sem ânimo. Sequer esboçava qualquer capacidade de reagir e dar a volta por cima.
Foi nessa condição que ela conheceu a TV Novo Tempo. Com uma programação que ressalta a Bíblia, Luzia sentiu vontade de estudá-la. Na medida em que avançava, sua vida passou a ser diferente. “A Palavra fez um sentido tão forte para mim. Cada texto que eu leio é uma experiência pessoal que tenho com Deus. A Palavra vive em mim e tem um poder transformador”, declarou.
Se Luzia sentia tendências suicidas, a psicóloga Margarete Carneiro, vítima de depressão, chegou a planejar e a executar. Moradora de Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador, um dia ela saiu de casa decidida a se jogar na frente de um carro em uma das vias mais movimentadas da cidade. No momento em que resolveu ir em frente, sentiu algo como que a puxando e a levando para uma praça. “Fui tomada por uma força que não sei explicar”, disse. Voltou para casa aos prantos.
Algum tempo depois, começou a ter a oportunidade de estudar a Bíblia. Em cada encontro, parecia que os vazios que a machucavam há tempos eram preenchidos. “A Palavra me encontrou num momento em que eu estava socialmente desolada, por causa da depressão. E aí encheu meu coração de esperança”, emocionou-se. Hoje Margarete dedica parte do tempo de uma agitada vida profissional para ajudar pessoas com problemas de transtornos de ansiedade e depressão.
Palavra de conforto
Em Aracaju, Sergipe, a arquiteta Valéria Lima descobriu na Bíblia um alento para uma perda que lhe trouxe desorientação. “Em dezembro de 2017, perdi uma das pessoas que mais amo, meu pai. Achei que jamais ia suportar, que ia enlouquecer, e que não teria forças para continuar. Então encontrei conforto na Palavra de Deus”, afirmou. Valéria começou a estudar a Bíblia com cada vez mais frequência e atenção, até fazer disso um hábito. O que antes era perda, transformou-se em esperança.
“Aprendi na Palavra de Deus que quando a pessoa morre, a gente tem a possibilidade de encontrá-la depois, quando Jesus voltar”, ressaltou, com o coração confortado. A leveza desta descoberta a motivou a ensinar a Bíblia para outras pessoas. “Do mesmo jeito que fui alcançada, quero que minha mãe e minhas amigas também encontrem esse refrigério. O que a Palavra fez comigo através do Espírito Santo, quero que aconteça com todas as pessoas”, concluiu.
O desejo de levar outras pessoas a descobrir a cura, esperança e liberdade na Palavra de Deus é o que também motiva Normélia Oliveira, que vive em Salvador. Ela é diretora de Escola Sabatina em uma igreja local e decidiu mobilizar a comunidade adventista para ajudar pessoas sem condições de fazer assinatura da lição da Escola Sabatina, um guia de estudo da Bíblia. Ao final da campanha, conseguiu mobilizar os membros de tal forma que viu 150 dos 175 membros terminarem o ano com a assinatura.
“É lindo ver como Deus inspirou mulheres no passado e continua a inspirar ainda hoje. Mulheres que são abençoadas pela Palavra e se tornam uma benção na sociedade. Lembrar dessas histórias no Dia Internacional da Mulher é resgatar a verdade de que Deus conta com todas as mulheres para levar esperança para as pessoas em um mundo tão turbulento”, disse Marília Dantas, diretora do Ministério da Mulher da União Leste Brasileira, sede da Igreja Adventista do Sétimo Dia para Bahia e Sergipe.