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Mineira dedica um ano de sua vida como missionária no Rio

Ela tem apenas 18 anos e sabe exatamente o que quer: ir aonde Deus mandar.


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Durante a Vigília Jovem ARS Aline contou sua história a fim de incentivar outros jovens a tomar a decisão.

Durante a Vigília Jovem ARS Aline foi entrevistada por Geize Souza, também voluntária no OYiM. Alguns jovens neste dia tomaram a decisão pelo voluntariado.

Rio de Janeiro, RJ [ASN] Ela imaginava que seria missionária dentro do seu estado, Minas Gerais. Mas quando recebeu a confirmação de sua participação no Projeto OYiM (Um Ano em Missão), descobriu que seria no Rio. Depois da surpresa, veio a aceitação para deixar amigos, família, faculdade, tudo em stand by por um ano.

Os jovens voluntários do Projeto OYiM estão dedicando um ano de suas vidas para o evangelismo. Neste ano, a Associação Rio Sul tem doze jovens que foram escolhidos dentro dos estados que compreendem a sede da Igreja Adventista do Sétimo Dia da União Sudeste Brasileira, os estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo.

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Ao todo são doze jovens participando do projeto OYiM, que teve sua primeira versão no Rio em 2015.

Pastor Alexandre Carneiro, coordenador dos Centros de Influência, com os jovens  do projeto OYiM, que teve sua primeira versão no Rio de Janeiro, em 2015.

Aline Lopes é uma destas jovens e a ‘caçula’ do grupo. Ela tem 18 anos e sua história de vida é bastante interessante. Ela cedeu uma entrevista à equipe ASN e contou o que a motivou a participar do Projeto, acompanhe:

Equipe ASN: Aline conte de onde você é e fale um pouco sobre sua família.
Aline Lopes: Sou mineira da cidade de Mantena-MG e tenho 18 anos. Atualmente vivo com minha mãe, meu irmão e padastro. Mas fui criada por minha avó Eva e quando completei 11 anos ela faleceu. Nesta época eu acabei saindo da igreja e só voltei aos 15. Passei por momentos de depressão e graças a Deus e à ajuda da minha tia Eliene, voltei para Deus e para a igreja. Sinto muita saudade da minha avó, mas quero me preparar para viver eternamente com ela na volta de Jesus.

ASN: Como soube do Projeto OYiM e o que fez para participar?
Aline: Minha tia Eliene já tinha me falado do projeto, mas eu não dei muita atenção. Por muitas vezes eu tentei fazer parte da Missão Calebe, mas sempre acontecia algo e não dava certo. Aos 17 anos eu finalmente consegui participar dos Calebes e ali brotou no meu coração o desejo de participar do Um Ano em Missão.

Soube das inscrições, mas protelei um pouco, e algumas horas antes do encerramento, eu fiz a minha. Na verdade, acredito que foi o Espírito Santo que fez por mim. Eu não me sentia preparada para participar, achava que não era tão ‘cristã’ como deveria.

Alguns dias depois recebi a ligação do pastor da minha igreja, Luis Fabiano, que me perguntou: ‘Por que você deveria participar do OYiM?’. Eu respondi que a única coisa que faltava para Jesus voltar era o evangelho ser pregado a toda esta geração e eu queria muito fazer parte disso. Quando minha inscrição foi confirmada, fiquei muito feliz. Eu fui a primeira pessoa da minha igreja a participar de um projeto missionário fora do estado.

ASN: O que a motivou a querer deixar a família e dedicar um ano para o voluntariado?
Aline: De repente, caiu a ficha de tudo o que eu deveria deixar para trás para participar do projeto. Eu achava que o projeto seria em Ipatinga-MG. Deixei minha família, amigos, meu irmão a quem sou muito ligada e minha faculdade. Mas quando descobri que seria no Rio, aceitei, pois queria ir aonde Deus mandasse, afinal sou desbravadora e tenho a lei do Clube de Desbravadores no meu coração. Eu não queria ser hipócrita em dizer ‘Volte logo Jesus’ e não fazer a minha parte. Eu compreendo e aceito isso. Participando deste projeto eu vejo quantas pessoas ainda não conhecem a Cristo e como eu posso ser um canal de bênçãos para ajudá-las a encontrá-lO.

ASN: O que faz quando bate a saudade?
Aline: Não tem como resolver, eu choro e oro, muito. E na minha angústia Deus me consola dizendo no meu coração: ‘Filha, você está fazendo o meu trabalho, enquanto isso eu cuido de quem você ama’. Isso me consola e anima. Mas não é fácil ouvir a voz do meu irmão João Victor (14) e estar tão longe dele. Também encontro palavras de ânimo com o pastor Alexandre Carneiro, que me ajuda muito. Ele é o coordenador dos Centros de Influência aqui no sul do Rio.

ASN: Acha que o projeto fará diferença na sua vida? Como?
Aline: Na verdade o projeto já fez toda diferença. A vida me fez ser uma pessoa muito estourada, com pavio curto. Mas o Projeto OYiM já está me transformando numa pessoa mais calma, mais tolerante; afinal, conviver com onze pessoas diferentes não é tão simples.

Aqui estou aprendendo a aceitar diferenças e conviver com elas. Um grupo de jovens me perguntou o que significava o Projeto OYiM e eu disse para eles que só vivendo para saber. Minha definição de missionário mudou depois que vim para o projeto. Para mim o ‘missionário não participa do projeto para ensinar, mas para aprender a depender de Deus a cada instante e viver por Ele’. [Equipe ASN, Fabiana Lopes]