Igreja Adventista doa quatro toneladas de alimentos a tribo indígena
Índios da região do Pico do Jaraguá, em São Paulo, receberam 230 cestas básicas e Bíblias em guarani.
O Pico do Jaraguá, zona Norte de São Paulo, é o ponto mais alto da cidade, com 1.135 metros de altitude. E é lá, perto da Serra da Cantareira, que vive uma tribo indígena. Mais de mil índios guaranis povoam as seis aldeias da região.
São famílias que vivem em condições precárias e muitas dependem do Bolsa Família para sobreviver. O artesanato também é uma fonte de renda, e a maioria deles vive em casas feitas de chapas de madeira e chão de barro.
Leia também:
Com a proximidade do Natal, a Igreja Adventista do Sétimo Dia da região Leste de São Paulo, em parceria com a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais, a ADRA, doou a eles quatro toneladas de alimentos, que formaram 230 cestas básicas. “Agora sim, vou ter um pouco (de alimento) na minha mesa, com a graça de Nhanderu”, comemora Maria Helena Gonçalves, beneficiada pela ação.
Nhanderu é a pronúncia da palavra Deus em Guarani. Os índios têm sua cultura, suas crenças, e Deus faz parte de seus rituais de adoração. Por isso, a Igreja Adventista não pensou somente no alimento físico, mas também no alimento espiritual. Com as cestas básicas, foram doadas 230 Bíblias em Guarani. “Nhanderu sempre está comigo, acompanhando a gente. Mesmo que estejamos sozinho, Ele sempre esta com a gente”, garante o cacique Natalício Karai de Souza.
Voluntários
De acordo com o pastor Jair Miranda, todas as igrejas locais administradas pela Associação Paulista Leste (APL), por meio da Ação Solidária Adventista (ASA), doaram alimentos. No dia da entrega, 40 voluntários ajudaram no transporte e organização das cestas básicas. “Queremos que o Natal deles seja mais feliz, por isso a gente trouxe comida, Bíblia, trouxemos tudo para eles”, reforça.
Assistência Social
Desde janeiro, a Associação Paulista Leste promove assistência social nas aldeias. Nos últimos meses, os índios foram presenteados com a visita de profissionais da saúde, um campo de futebol e um tanque para a criação de peixes. Além disso, no próximo ano a aldeia ganhará uma farmácia natural.
O empresário Salim Chaud foi quem acionou a ADRA sobre a situação precária da aldeia. Após uma visita à tribo, ele descobriu qual era a maior necessidade dos índios. “Algumas pessoas trazem somente alimento físico, outras só o espiritual. A gente quis ser completo. Trouxemos alimento físico e espiritual”, pontua.