A Igreja Adventista do Sétimo Dia adquiriu o terreno onde está a estrutura da primeira Escola Adventista do Brasil. A edificação no terreno, em estilo enxaimel, foi feita com materiais originais da Escola Superior de Gaspar Alto, inaugurada em 1897. O local fica em Gaspar Alto (SC) e tem seis hectares, a menos de um quilômetro da primeira Igreja Adventista organizada no Brasil, de 1895. O terreno e a casa erguida com os materiais da escola pioneira se tornarão em breve o Museu da Educação Adventista e ponto de visitação para interessados. A aquisição é um esforço conjunto entre as sedes administrativas da Igreja Adventista no sul do Brasil e também na América do Sul associados a Casa Publicadora Brasileira (CPB).

A sede administrativa local da igreja, a Associação Catarinense (AC), ficará responsável pela manutenção, investimentos, melhorias e o preparo para visitação. O terreno também servirá como sede para acampamentos de desbravadores e aventureiros. “As crianças serão levadas para ter atividades de campo e aprenderão sobre a história da igreja, o que ajudará a alicerçar a fé das novas gerações”, comenta o pastor Paulo Lopes, presidente da AC.

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A casa histórica e futuro museu foi construída com tijolos, madeiras, pisos e outros itens reaproveitados da primeira escola paroquial adventista do Brasil, que ficava ao lado da igreja pioneira. O foco dessa escola era a formação de colportores, obreiros bíblicos e novos líderes adventistas. Posteriormente, ela foi transferida para Taquari (RS) e, depois, São Paulo, sendo, assim, o embrião do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp).

A escola adventista de Gaspar Alto foi a primeira escola paroquial da Igreja Adventista no Brasil, criada em 1897. Mas, cerca de um ano antes, foi fundado o Colégio Internacional de Curitiba (PR), que pertencia a membros da igreja e mantinha os princípios bíblicos adventistas. “A Escola Superior de Gaspar Alto foi o primeiro colégio paroquial e missionário da Igreja Adventista no Brasil, responsável pela formação e preparo de missionários que ajudaram a espalhar a mensagem do evangelho eterno em várias partes do País”, afirma o pastor Michelson Borges, jornalista e historiador da Igreja Adventista no Brasil e autor do livro A Chegada do Adventismo no Brasil (CPB).

A expectativa é que o museu esteja aberto ao público até o fim de 2023, mas ainda são necessárias avaliações dos especialistas em restauração para confirmar esse prazo. No entanto, a área de acampamento poderá ser desfrutada antes, assim que a infraestrutura básica estiver pronta.