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Coluna | Michelson Borges

Tecnologia do útero artificial e o design inteligente

Útero, placenta e todos os órgãos e sistemas envolvidos na gestação são um verdadeiro show de design inteligente. Falam de algo muito bem planejado.


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A ideia de um ser criador está por trás, inclusive da tecnologia referente ao sistema reprodutor. Foto: Shutterstock

Anos atrás li um artigo na revista Ciência Hoje que me fez pensar um pouco mais na maravilha do design inteligente. A chamada de capa era: Por que a mãe não rejeita o feto? Uma pergunta pertinente, se levarmos em conta que o feto é como um “corpo estranho” dentro da mulher. A resposta, segundo os cientistas autores da matéria, chama-se “placenta”. Sim, a placenta envolve o óvulo assim que ele se fixa à parede uterina. É uma espécie de “campo de força” bastante complexo e que precisava estar disponível já na primeira fecundação, do contrário não estaríamos aqui falando disso. É a placenta que impede os anticorpos da mãe de destruírem o feto. Na verdade, útero, placenta e todos os órgãos e sistemas envolvidos na gestação são um verdadeiro show de design inteligente.

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Faz algum tempo pesquisadores têm-se esforçado para desenvolver um útero artificial. Recentemente houve grande avanço nesse sentido. Cientistas japoneses e australianos criaram um equipamento capaz de amparar fetos de carneiros extremamente prematuros. “Por várias décadas houve pouca melhora nos resultados de bebês extremamente prematuros nascidos na fronteira da viabilidade (21-24 semanas de gestação)”, disse um dos principais autores da pesquisa, Matthew Kemp, professor de obstetrícia e ginecologia da Universidade da Austrália Ocidental.

Até pouco tempo atrás, a tecnologia existente não permitia apoiar recém-nascidos prematuros graves, devido ao fato de os pulmões serem nessa fase extremamente subdesenvolvidos e a capacidade cardiovascular, limitada. “Com refinamento adicional, o que hoje pode ser considerado uma tecnologia futurista pode em breve ser um tratamento padrão”, prevê Kemp.

O estudo reuniu os principais pesquisadores da Fundação de Pesquisa sobre Mulheres e Bebês da Universidade da Austrália Ocidental e do Hospital Universitário Tohoku, no Japão, e foi realizado em parceria com a Nipro Corporation, uma das principais empresas de tecnologia biomédica do Japão.

O interessante é que, para tentar reproduzir as funções do útero natural, foram necessários anos de muita pesquisa, tempo dos maiores pesquisadores da área e o desenvolvimento de tecnologias avançadas. Isso equivale a muito design inteligente, muito planejamento. Mas o que dizer do útero natural, muito mais eficiente e funcional há milhares de anos? Esse surgiu?

Michelson Borges

Michelson Borges

Ciência e Religião

As principais descobertas da ciência analisadas do ponto de vista bíblico.

Jornalista, é editor na Casa Publicadora Brasileira (CPB) e autor de vários livros, como A História da Vida e Por Que Creio. Pós-graduando em Biologia Molecular e mestre em Teologia, é membro da Sociedade Criacionista Brasileira e tem participado de seminários em diversos lugares do Brasil e do exterior. Mantém o blog criacionismo.com.br @criacionismo