Passeio grátis
Valorize a natureza e encontre nele um ambiente propício para exercícios físicos e qualidade de vida.
Pois resolvemos escalar a montanha de São Gorgonio, que fica a 3.500 metros de altura, cujo trajeto de ia e volta é de 35 quilômetros. A princípio parece uma tarefa difícil, mas na verdade foi mais do que difícil. Saímos cedo, às 4 da manhã, e conseguimos chegar de carro à base da montanha às 6, quando começamos a caminhada. Ao meio-dia alcançamos o cume.
Ficamos por ali descansando e tirando fotos. Os aventureiros eram o vosso servo que vos escreve, a filha Caroline, o filho André e o sobrinho Mateus. Levamos sanduíches, água, Gatorade e algumas barras de granola e também outras guloseimas, afinal, para andar tudo isso e necessário ter energia adicional.
Às 2 horas da tarde começamos a descida, que levou cinco horas para voltarmos, o que fizemos antes do por do sol. Mas a volta foi sofrida. As pernas não queriam mais obedecer. Eu sentia frio e colocava uma jaqueta e depois vinha o calor e começava a suar e depois sentia frio de novo. O corpo estava dizendo que não queria mais andar. Apesar da descida, a vontade era de parar para descansar.
Foi uma aventura interessante, já que a paisagem era maravilhosa e o ambiente não podia ser mais natural. Mas foi um exercício e tanto. Aí fiquei pensando na senhora Hulda Crooks, que subiu aquela montanha várias vezes e também o monte Whitney, o maior do continente americano, e o Monte Fuji, no Japão. E começou a fazer isso aos 66 anos de idade.
Subir uma montanha como essa é semelhante ou, quem sabe, pior que correr uma maratona. Quando começamos a descer encontramos um indivíduo que estava chegando ao pico. Trocamos umas palavras e ele disse que estava treinando para percorrer a trilha de Muir, no norte da Califórnia. Apenas 200 milhas (321 km) dentro da Serra Nevada. Esta é demais para mim.
A lição que aprendi da aventura foi que preciso de mais treino. Também talvez seria melhor fazer o percurso em dois dias e acampar no meio do trajeto – mas aí temos que carregar mais equipamento e a mochila vai pesar mais. Outra lição e que ainda existem maravilhas criadas por Deus neste mundo e que são de fácil acesso. Ok, não tão fácil assim, mas que não ha necessidade de comprar um bilhete especial, esperar na fila e aguentar o calor ou o tumulto de centenas de pessoas. Um passeio totalmente grátis.
Mas você não precisa alcançar o cume da montanha. Existe uma corrente na Califórnia que promove o florestismo (não me veio à mente uma palavra melhor, desculpem!), ou seja, passar mais tempo nos fins de semana e férias em ambientes florestais, observando a natureza, em contato com animais e plantas. E alguns pesquisadores estão argumentando que este e um remédio, com certeza bom para o estresse e a depressão, mas quem sabe até para prevenir outras enfermidades.
Se o exercício florestal for efetivo – e não precisa durar 11 horas – mas pelo menos meia ou uma hora, o efeito benéfico do exercício certamente adiciona a prevenção. Assim, procure a floresta mais perto de sua casa e planeje uma caminhada com sua família. Não vá só e conheça o lugar, ou pelo menos siga as trilhas. Leve água, muita água, ou compre um daqueles novos filtros portáteis. Meu filho me deu um que e é só encher um copo de água do riacho e usar o filtro como se fosse um canudo. Leve algo doce, de preferência algumas frutas e aprecie o ambiente.
“Uma caminhada, mesmo no inverno, é mais benéfica que todos os remédios prescritos pelo médico.” Ellen G. White – Testemunhos para a Igreja, vol. 2, páginas 528-533.