Quem ama, cuida
A família precisa ser vista como uma preciosidade por cada um de seus membros. Entenda como fortalecer esse conceito.
Temos muitas certezas na vida. Entre elas estão as seguintes: minha família é o meu maior tesouro e minha responsabilidade; as crises são realidades em todas as casas e os conflitos fazem parte da vida. Diante dessas afirmações, surge uma pergunta intrigante: como podemos juntar, debaixo do mesmo teto, crises constantes, conflitos desafiantes e, ainda assim, construirmos uma família saudável? Que cuidados devemos ter?
Veja sete princípios que te ajudarão:
Resolva os conflitos e crises com paciência, respeito e empatia. “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem” (Efésios 4:29).
Na proximidade e convivência com familiares, inevitavelmente haverá divergências de ideias e opiniões, que na maioria das vezes culminarão em conflitos. A sabedoria está na forma como a família lidará com eles, pois esses momentos podem se tornar ferramentas poderosas para trazer mais conhecimento, amadurecimento, aprendizagem e fortalecimento da estrutura familiar. O segredo é sempre ter autocontrole e tratar as pessoas envolvidas com respeito, paciência e empatia.
Invista no diálogo. “Meus amados irmãos, tenham isto em mente: Sejam todos prontos para ouvir, tardios para falar e tardios para irar-se, pois a ira do homem não produz a justiça de Deus” (Tiago 1:19-20).
Diz o ditado popular que “de uma boa conversa ninguém escapa”. Existe muita verdade nessa simples afirmação. Por exemplo, diante de um conflito ou distanciamento familiar, se quisermos retornar ao estado de calmaria e proximidade, devemos agir com cautela e sabedoria ao falar. É importante estar atento para ouvir além das palavras, num diálogo sem pressa, verdadeiro, objetivo e recheado de tolerância, amor e boa vontade.
Juntos é melhor. “Como é bom e agradável quando os irmãos convivem em união” (Salmos 133:1).
Poucas ações criam um senso de pertencimento, tão necessário ao ser humano, do que fazer atividades juntos, das mais prazerosas até àquelas que são executadas pelo dever da responsabilidade. Nesse caso, o que fortalece o nosso vínculo não é necessariamente o objetivo alcançado, mas o aprendizado e tempo investido na caminhada. Lembremos de comemorar as vitórias juntos, porque isso fortalecerá a parceria e criará intimidade.
Tudo o que é importante merece nosso tempo de qualidade. “Procura conhecer o estado das tuas ovelhas; cuida bem dos teus rebanhos” (Provérbios 27:23).
Na correria que vivemos, parece que o tempo voa e, a todo momento, temos de decidir a que dedicaremos as poucas horas disponíveis. Aquilo que elegermos como prioritário e relevante receberá nossa atenção, comunicando assim o valor que atribuímos a uma pessoa ou atividade. Por isso, ao escolhermos investir esse precioso tempo na família, gritamos a eles e ao mundo sobre o quanto os amamos.
Com bom humor tudo fica mais leve e prazeroso. “Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, alegrai-vos” (Filipenses 4:4).
Em meio a tantas lutas da vida, desfrutar de um ambiente mais leve e alegre no seio da família é como ir para um oásis depois de um dia fatigante no deserto. Aprender a rir e a sorrir dos fatos e mazelas da vida, especialmente quando aprendemos a sorrir de nós mesmos, nos deixa mais leves e o fardo das responsabilidades do cotidiano, mais suave. Lembremos que o sorriso nos aproxima e nos faz passar por sábios quando nos faltam as palavras.
Momentos particulares criam intimidade. “Procurem aperfeiçoar-se, exortem-se mutuamente, tenham um só pensamento, vivam em paz. E o Deus de amor e paz estará com vocês” (2 Coríntios 13:11).
É uma delícia conversarmos com nossos familiares de forma física ou virtual, mas quase sempre nesse momento falamos de assuntos gerais, costumeiramente sem grande relevância para a vida. Os laços mais profundos, capazes de realmente fortalecer os vínculos familiares, acontecem em conversas reservadas, pois nesses momentos temos mais liberdade para abrir o coração e a alma, e nos colocarmos em mais fina sintonia.
Culto em família. “Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração. Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar” (Deuteronômio 6:6,7).
No culto familiar criamos uma atmosfera diferente, pois apresentamos nossa família diante do Senhor. É nesse instante que sempre abrimos o coração ao fazermos nossos pedidos e agradecimentos, expressando as nossas necessidades, problemas e sonhos. Dessa forma, produzimos um ambiente de confiança e de fortalecimento do vínculo familiar e espiritual.
Cuidar de nossa família é tanto um privilégio quanto uma responsabilidade. Que o Senhor nos ilumine e nos abençoe no cumprimento dessa desafiadora e sublime missão.