Notícias Adventistas

Educação

Colégio Adventista incentiva alunos a usarem IA e ganha destaque na Record RS

Com reflexão crítica e responsabilidade, estudantes aprendem a usar a tecnologia como aliada no processo de aprendizado


  • Compartilhar:
Professora Camila Hein compartilhou com a repórter da TV Record Guaíba as experiências adquiridas no uso da IA em sala de aula. (Foto: Ronaldo Vicente)

Pesquisas recentes apontam que a Inteligência Artificial (IA) está transformando a educação ao oferecer ferramentas que proporcionam ao aluno um aprendizado mais produtivo. Mesmo que seja necessário considerar os desafios do uso dessas tecnologias, não há como negar a popularização da IA e as habilidades que ela traz.

Diante desse cenário, o projeto “Seja a inteligência por trás da Inteligência”, criado pelo Colégio Adventista do Partenon (CAP), em Porto Alegre (RS), foi destaque na TV Record Guaíba por incentivar o uso da Inteligência Artificial como aliada na solução de tarefas escolares. De acordo com o CAP, “o projeto visa a promoção da reflexão crítica, a conscientização de que o ser humano é a inteligência por trás da inteligência, o desenvolvimento de competências acadêmicas e o envolvimento de alunos e professores”. 

Para isso, cada professor do colégio foi desafiado a apresentar aos estudantes a aplicação da Inteligência Artificial em sua área de ensino. A coordenadora pedagógica, Cátia Weber, disse que o projeto já tem dado resultados. “É inspirador perceber os avanços nas reflexões dos alunos sobre a vida em sociedade e como a ciência, a história e a fé se conectam para formar uma geração preparada para fazer escolhas com responsabilidade”, ressaltou.

Camila Morais Hein, professora de Biologia do CAP, revelou que tem tratado com cautela o tema do uso da IA pelos alunos. Para ela, as ferramentas disponíveis são excelentes para auxiliar no ensino e na aprendizagem, mas não devem substituir o senso crítico dos estudantes. “Sempre ressalto com eles que é fundamental confirmar em outras fontes as informações consultadas e não se tornar dependente, mas utilizar essa tecnologia como auxiliar no processo de aprendizado”, destacou.

Leia também:

Quem também incentiva o uso da Inteligência Artificial é o professor de Matemática do CAP, Jonathas Hardy. Ele conta que sempre viu na IA uma parceira da educação, desde que usada com consciência. “Venho trabalhando com os alunos o uso consciente na criação de resumos e na correção dos próprios cálculos. Tem sido interessante integrar aquilo que os alunos tanto utilizam no dia a dia com os afazeres acadêmicos”, frisou.

Jonathas Hardy incentiva alunos a utilizarem IA para solução de cálculos matemáticos. (Foto: Ronaldo Vicente)

Uso crescente

O Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) lançou, no dia 16 de setembro, a 15ª edição da pesquisa TIC Educação, revelando que 37% dos estudantes do ensino fundamental e médio disseram usar a Inteligência Artificial como ferramenta de busca de informações. O estudo mostra ainda que, entre alunos das séries finais do ensino fundamental, a proporção sobe para 39% e, no ensino médio, chega a 70%. 

O questionário aponta que 7 em cada 10 alunos do ensino médio utilizam a IA em pesquisas escolares. No entanto, muitos estudantes recorrem às tecnologias sem nenhum tipo de orientação prévia. Ainda segundo a pesquisa, a maioria dos professores demonstra interesse em aplicar a IA no processo de ensino e aprendizagem e busca capacitação para isso.

Professores capacitados

Para enfrentar essa realidade, a Educação Adventista no sul do Rio Grande do Sul ofereceu, no início do ano letivo de 2025, uma capacitação em Inteligência Artificial para professores. A coordenadora pedagógica da Educação Adventista para a região, professora Estela Barbosa, explicou que “a ideia da capacitação surgiu devido à necessidade de adequação aos rápidos avanços tecnológicos”.

Segundo ela, a integração de ferramentas digitais permite que os professores ampliem suas estratégias de ensino, tornando as aulas “mais dinâmicas, interativas e alinhadas às demandas do século XXI, bem como à filosofia de ensino adventista”. Ela reforçou: “Essas ferramentas permitem que os professores diversifiquem suas metodologias, criando ambientes de aprendizagem mais interativos e colaborativos”.

Alunos conscientes

Lívia de Oliveira, aluna do 9º ano do ensino fundamental, utiliza a IA quando encontra dificuldades em alguma disciplina. “Eu sempre pesquiso o conteúdo de que estou precisando, a IA me dá várias alternativas e eu escolho a que faz mais sentido para mim”, contou. Já o estudante Isaac Camargo explica que costuma filtrar as informações recebidas. “Eu peço para a IA explicar como se fosse para um aluno do 7º ano. Quando aparecem informações que não preciso, recorro ao livro e peço para ela substituir”, relatou.

Assista à reportagem no link abaixo: