Colégio Adventista monta cemitério falso para advertir sobre males do cigarro
Ação colocou 200 cruzes em calçadão representando vítimas das substâncias.
Curitiba, PR... [ASN] Na manhã da última sexta-feira (28), os pedestres que passaram pela Praça Rui Barbosa, no centro de Curitiba, foram surpreendidos no calçadão com 200 cruzes ao chão, caracterizando o local como uma espécie de cemitério. A ação inusitada realizada por alunos do Colégio Adventista Centenário foi relacionada ao Dia Nacional de Combate ao Fumo, que aconteceria no sábado (29).
As cruzes pretas com nomes escritos representam as 200 mil pessoas que morrem anualmente no Brasil, vítimas do cigarro. A intenção foi chamar a atenção dos fumantes para que eles parassem e ouvissem o recado dado pelos estudantes. “O principal objetivo foi impactar, pois muitas vezes, os próprios fumantes não percebem a gravidade daquilo que estão fazendo ao utilizar desse vício. Isso pode fazer com que as pessoas procurem uma vida mais saudável”, explica o coordenador do projeto, pastor Ricardo Spada.
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Faixas e cigarros ambulantes também compuseram o cenário. Os adolescentes abordaram os fumantes, desafiando-os a trocar o cigarro por uma revista de saúde. O gesto simbólico pôde ser o primeiro passo para o abandono do vício. Deborah Santos, aluna do segundo ano do Ensino Médio, conseguiu trocar as revistas por diversos cigarros, inclusive por carteiras lacradas. Ela fica satisfeita em poder ajudar e acredita que a intenção de troca é muito válida. “Mesmo que a pessoa não pare de fumar agora, aquele cigarro que ela deixou de fumar naquele momento ajuda muito, pois são 14 minutos a mais de vida que ela tem”, informa.
Além da ação na praça, durante os dias 24 a 28 de agosto, aconteceu o curso Como deixar de fumar em cinco dias nas dependências da escola, atendendo pais e familiares dos alunos que demonstraram o interesse em parar de fumar. Ricardo comenta que muitos pararam de fumar no segundo dia de curso; já outros, diminuíram drasticamente a quantidade de consumo, o que exige intensa força de vontade por parte do participante. Uma prova disto é Carlos Silva, que participou do curso oferecido pela escola no ano passado e largou o cigarro depois de 30 anos. Neste ano, Carlos trouxe a filha e a esposa, que também pararam de fumar. “As dicas que eles dão são muito importantes, os benefícios que a gente acaba esquecendo e não percebe. Realmente aprende a viver de novo”, comenta Daniele Silva, filha de Carlos.
A ação das cruzes chamou a atenção de rádios e TVs locais que noticiaram o assunto. [Equipe ASN, Jéssica Guidolin / Fotos: Jéssica Guidolin]
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