Alunos espalham esperança e arrecadam absorventes para lutar contra a Pobreza Menstrual
Os produtos foram entregues na Delegacia do Adolescente do Cajuru e no CENSE Joana Richa de Reabilitação
Os alunos do Colégio Adventista do Centenário idealizaram uma campanha que auxiliasse no combate da Pobreza Menstrual. Durante a última semana de outubro, os estudantes arrecadaram mais de 600 absorventes para as meninas e mulheres que sofrem com a falta desses materiais básicos para a saúde feminina. Os produtos foram entregues nesta sexta-feira (28) a adolescentes em situações de vulnerabilidade e com difícil acesso aos absorventes. A entrega foi feita na Delegacia do Adolescente do Cajuru e no CENSE Joana Richa de Reabilitação. Além disso, o livro Esperança Além da Crise, referente ao Impacto Esperança também foi entregue. Nele, o autor Mark Finley discursa sobre a importância de esperar algo melhor para a realidade caótica deste mundo.
Aluna Lara de Andrade do 3º ano do Ensino Médio participou do projeto e conta que contribuir para essa causa fará total diferença no aprendizado de outras adolescentes. “Eu tenho certeza que isso vai impactar a vida de muitas meninas. As palavras que estão lá podem mexer bastante com elas. Vai ser uma bênção na vida de cada uma”, acrescenta.
Leia Também:
- Projeto Patrulha da Saúde ensina crianças sobre a importância de vida saudável
- Fim de semana de Impacto Esperança no Amazonas e Roraima
Um dos locais de entrega, a Delegacia do Adolescente, é responsável por atender os adolescentes de 12 a 18 anos incompletos que cometem alguma infração à lei. Desta forma, são detentos ali para passar por um período socioeducativo de reabilitação social. A delegada de polícia Eliete Kovalhuk explica que essa espécie de ações solidárias representa uma re aproximação da sociedade para com as pessoas que foram afastadas. “Isso é positivo justamente para que eles possam refletir sobre o ato que ela cometeu e de como a sociedade está de braços abertos para recebê-los novamente”, analisa.
Pobreza Menstrual
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), o acesso à higiene menstrual é um caso de saúde pública e direitos humanos. Portanto, a Pobreza Menstrual é resultado da negligência nessa área. É quando não há informação, infraestrutura ou conhecimento o suficiente para lidar com a menstruação da maneira correta e saudável.
Em pesquisa divulgada em maio deste ano pela UNICEF e pela UNFPA, 713 mil meninas vivem sem acesso a banheiro ou chuveiro em suas casas e mais de 4 milhões não têm acesso a itens básicos de cuidados menstruais nas escolas. Muitas mulheres que vivem abaixo da linha da pobreza precisam utilizar materiais não recomendados para conter a menstruação, colocando em risco sua saúde.
Em vista dessa realidade, o organizador principal do projeto Pr. Vinícius Serain idealizou o projeto. Serain esclarece que além de potencializar os cuidados com a saúde física dessas meninas, eles também se preocuparam com a vida espiritual de cada uma, buscando desenvolver um relacionamento com Deus. “A gente trabalha com a ideia de passar para eles o caráter de Cristo. Nós somos um colégio que também é uma igreja e nós somos a igreja de dentro para fora. Devemos fazer bem, sermos a extensão das mãos e dos pés de Jesus”, salienta.
Impacto Esperança
O projeto é uma iniciativa proveniente do Impacto Esperança, uma ação da Rede Adventista que, desde 2007, tem a proposta de distribuir uma literatura com mensagens de conforto e otimismo. A cada ano um novo livro é produzido, sempre alinhado às necessidades atuais. Dezenas de milhões de exemplares já foram entregues e transformaram a vida de seus leitores. No último sábado (30), mais de 23 milhões de cópias foram distribuídas pelo Brasil, e mais de 300 mil livros foram entregues aqui no sul do Paraná.