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Goiás se mobiliza contra violência no projeto Quebrando o Silêncio

Voluntários e estudantes saíram às ruas para conscientizar a população sobre a gravidade do abuso sexual e uso do tabaco.


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Goiânia, GO... [ASN] “O medo de ser ainda mais abusada foi o principal fator para que eu nunca fizesse a denuncia”, é o que conta Gysele (nome fictício), de 24 anos, que denunciou seu padastro depois de 4 anos de abuso sexual e moral, prática que a atingiu aos 13 anos. A violência contra crianças, mulheres e idosos, a cada, ano geram números assustadores. De acordo com a Agência Brasil, quatro em cada dez mulheres brasileiras já foram vítimas de violência doméstica.

A informação consta no Anuário das Mulheres Brasileiras 2014, divulgado no início de julho. A publicação reúne dados referentes à situação das mulheres no país obtidos por diversas entidades. Há uma informação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), ligada ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de que 43,1% das mulheres já foram vítimas de violência em sua própria residência. A mesma pesquisa mostra ainda que, de todas as mulheres agredidas no país, 25,9% foram vítimas de seus cônjuges ou ex-cônjuges.

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Passeatas, carreatas e diversas manifestações aconteceram em diversos pontos em Goiás

Passeatas, carreatas e diversas manifestações aconteceram em vários pontos em Goiás.

Frente a esta realidade, há 12 anos a Igreja Adventista do Sétimo Dia realiza o Quebrando o Silêncio, um projeto educativo e de prevenção contra o abuso e violência doméstica contra mulheres, crianças e idosos. A campanha, que acontece durante todo o ano, toma força no quarto sábado de agosto.

Em Goiás os participantes impactaram vários pontos do Estado. No Shopping Portal Sul, em Goiânia, a movimentação chamou a atenção de quem estava passeando por lá. Um equipe com mais de 300 pessoas entregou cerca de três mil revistas do projeto. Apresentação musical e a fanfarra do Clube de Desbravadores fez parte do programa. De acordo com pastor Daniel do Vale, responsável pela região sul de Goiânia, uma das mais violentas e carentes da capital, “o projeto contra a violência é bem aceito pela população pois aborda um tema recorrente na região e que por isso precisa de esclarecimento”.

Conscientização

Em Rio Verde, a mobilização foi notícia em toda a cidade, inclusive no canal da TV Record. Uma tenda de orientação contra a violência foi montada em um ponto estratégico. Materiais sobre o assunto foram distribuídos à população.

Em Rio Verde a TV Record fez a divulgação da campanha

Em Rio Verde, a TV Record fez a divulgação da campanha.

Os alunos do Colégio Adventista Setor Pedro Ludovico, em Goiânia, saíram em uma passeata nos arredores da instituição para alertar os moradores e pessoas que por ali passavam sobre a violência. Munidos de apitos, faixas e cartazes, para chamar a atenção os alunos distribuíram folhetos e revistas informativas para todos os que encontraram no caminho.

Todavia, a violência não foi o único assunto abordado por eles nesta passeata. Junto a este tema, há outro muito recorrente nos lares e locais públicos: o uso do tabaco. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 93% da população vive em locais onde não há leis que garantem ao não-fumante o direito de estar em um ambiente completamente livre da fumaça do cigarro, especialmente pelo fato de que o fumante passivo absorve as substância presentes no cigarro em níveis maiores por causa da fumaça. Em realidade, de acordo com a OMS, o fumo leva à morte por doenças respiratórias o que o coloca no quinto lugar das causas de morte no mundo. O cigarro mata mais do que os acidentes automobilísticos, que se encontram em nono lugar na lista.

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Alunos também saíram às ruas para falar sobre os malefícios do cigarro.

Os alunos apresentaram em suas faixas informações dos malefícios do fumo, e juntamente com os panfletos, trocavam um cigarro por uma maçã para conscientizar o fumante de que é preciso pensar em sua saúde e na dos outros que convivem com ele.

Outras ações do Quebrando o Silêncio acontecerão nos próximos dias em Goiás. Se você quer fazer uma denuncia contra violência, o disque 100 funciona diariamente das 8h às 22h, inclusive nos fins de semana e feriados. A ligação é grátis. Também é possível encaminhar denúncias pelo e-mail: [email protected]. [Equipe ASN, Tatiane Lopes]