Estudantes usam metaverso para apresentar trabalho de conclusão de curso
Iniciativa pioneira é a primeira do Centro Universitário Adventista de São Paulo e amplia uso para ações da Igreja Adventista.
Você já imaginou encontrar com os amigos em outra camada da realidade? Mundo real e virtual ganharam novas possibilidades de entrecruzamento com o metaverso. Apostando nessa ideia disruptiva, o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) das alunas Caroline Seidel e Talita Godoy propôs uma análise sobre como algumas marcas fizeram lançamentos e outras atividades dentro desse ambiente e se beneficiaram dessa possibilidade.
Além de observar as iniciativas, as formandas do curso de Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda do Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP) apostaram em uma performance contextualizada. No auditório da faculdade foram reunidos colegas e profissionais da área da comunicação, mas além do espaço físico, a apresentação também aconteceu em um espaço virtual do metaverso. Todos foram convidados a construir um avatar e entrar na sala para interagir.
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Estudar o metaverso não estava nos planos iniciais da dupla. Talita explica que a professora Lizbeth Kanyat sugeriu o tema, que ainda é novo no mercado, após analisar o primeiro projeto das estudantes. O interesse por inovação fez com que elas pensassem que essa seria uma oportunidade de explorar a novidade. “Fomos ajustando para falar sobre esse assunto relacionando às marcas”, acrescenta.
Entender o metaverso exigiu compromisso e disciplina. Carol conta que aos poucos a leitura fez com que ela começasse a perceber a relevância do tema. “Questionamos o significado do metaverso e como ele poderia ser útil ao nosso tema”, pontua. As pesquisas no início do ano ainda eram escassas. “Existia apenas um livro que poderia ajudar. O autor Philip Kottler escreveu sobre marketing 5.0”, frisa Carol. Em sua obra, ele inicia o diálogo sobre realidade aumentada e realidade mista, ainda sem especificar o metaverso. Mas foi o lançamento do livro Inteligência artificial: do zero ao metaverso, de Martha Gabriel, que deu bases sólidas para a continuidade da pesquisa.
Pioneirismo e contribuição para a Igreja Adventista
Para avaliar o trabalho, Lizie Clajus, gerente de comunicação de uma das áreas do UNASP, campus Engenheiro Coelho, e professora na instituição, e Carlos Magallhães, diretor do departamento de estratégias digitais da sede sul-americana adventista, foram convidados para comentar a relevância do TCC devido à experiência de ambos.
Lizie apontou a inovação também da escolha das marcas. “É preciso ter olhar clínico para acompanhar de perto marcas que se destacam no mercado”, afirmou sobre os cases da monografia. Já Carlos Magalhães destacou a “união do rigor com a relevância do tema”. Ele, em especial, esteve a todo momento acompanhando pelo metaverso.
O TCC mobilizou estudantes e professores dos cursos de Comunicação. A expectativa é que mais pessoas se interessem pelo assunto. “A experiência do metaverso só vai crescer”, comemora Talita. A apresentação abriu possibilidades para a instituição de ensino e a Igreja Adventista investirem em mais momentos no metaverso. A orientadora do trabalho e coordenadora do curso de Comunicação, Sâmela Carvalho, elogiou tanto a pesquisa quanto a prática. “Vocês conseguiram combinar metaverso e marketing de experiência, além de demonstrar cada etapa de forma clara”, comentou.
Além desse impacto para a instituição de ensino, a Igreja Adventista tem começado a imergir no metaverso. Quanto a isso, Carol acredita que existe um grande potencial de levar o evangelho dessa maneira para outras pessoas. “A partir do momento que a estrutura e tecnologia estão nas mãos, é importante e possível levar o que se acredita para o mundo inteiro”, defende.
Entre as sugestões, ela comenta o estudo. “Imagine como seria estudar a Bíblia com pessoas nesse ambiente e realidade?”, comenta. O projeto pioneiro incentiva novas formas de fazer projetos, tanto no contexto acadêmico quanto prático de agências e instituições. “Vocês estão fazendo história em vários sentidos”, finalizou Magalhães.