Funcionária pública acumula quase 50 doações de sangue
Influência se estendeu para o filho e outros familiares
Um gesto de amor passado de geração na família de Vânia Custódio. Desde a juventude, ela é doadora de sangue e incentiva filhos, noras e netos a segui-la na corrente do bem. “É uma realização doar um pouco do que Deus faz por mim. Com minha saúde, posso ajudar quem precisa, e ensino isso na minha casa. Sempre que possível, vamos todos juntos doar”, sublinha a funcionária pública, de 56 anos.
Com quase 50 doações, o filho de Vânia já está com 20 na carteira de doador e se orgulha. “Minha mãe nos fala sobre doar sangue desde que eu era pequeno. Quando era criança, vinha com ela e hoje sentamos um ao lado do outro”, conta Michael Carvalho, de 28 anos.
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Práticas como essa ocorrem diariamente desde 2006 na Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam), quando teve início a parceria entre a Igreja Adventista do Sétimo Dia e o Hemocentro. Segundo a gerente de captação de doadores da entidade, Flávia Rezende, a entidade já conta com a fidelidade dos voluntários.
“Sabemos que muita gente vai deixar de doar, mas os jovens adventistas, não. Eles sempre estão aqui de forma voluntária. Em janeiro, quando muita gente estava contaminada com a variante da Covid-19, foram eles que mantiveram a quantidade mínima do nosso estoque”, explica Flávia.
Compromisso
A fidelidade de doações de sangue faz parte das atividades das Sociedades Jovens dos templos adventistas do Amazonas. Existe uma escala semanal entre elas, tudo para não deixar de praticar o que Jesus nos ensinou em Mateus 22:39: “Ame ao seu próximo como a si mesmo”.
A doação de uma bolsa de sangue pode salvar até quatro vidas, segundo os dados do Hemoam. Todos os dias, 230 bolsas são enviadas aos hospitais da capital.
O Hemocentro é único no Amazonas e abastece clínicas de tratamento, hospitais públicos e particulares. Nesse período de pandemia, a necessidade aumentou, mas as doações diminuíram. Por isso a importância da constância de doações.
Para o diretor de jovens para o leste do Amazonas, pastor Jefferson Carvalho, essa é uma das ações mais impactantes na vida do jovem. “Eles são muito ativos, realizam muito projetos, doam seu tempo para evangelizar, ir às ruas doar alimentos, mas o ato de doar sangue mexe muito mais com eles. Ali entendem um pouco do que Jesus fez por nós”, complementa Carvalho.
Iniciante
Mesmo com 16 anos de parceria, sempre tem aquele que está começando na carreira de doador de sangue. Ismael Neves, de 18 anos, tentou doar aos 16 anos, mas devido ao peso, não conseguiu. Agora orgulha-se por estar na segunda doação. “Me sinto útil e me pergunto como não doar um pouco do que Deus me dá de graça para quem precisa. Jesus deu o sangue e a vida por mim. É o mínimo que eu posso fazer pelo meu irmão”, destaca Neves.
Para doar sangue basta estar saudável, ter entre 18 a 69 anos (16 anos apenas com acompanhamento do responsável), pesar acima de 50k, está bem alimentado, não ter viajado para área de mata nos últimos 15 dias.
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