O papel da lei e do evangelho no relacionamento entre Deus e Seu povo
Em meio à grande confusão de interpretações que opõem a graça à lei, livro traz argumentações que auxiliam na compreensão desse tema
Por que Jesus afirma que veio para cumprir os mandamentos (Mateus 5:17), e o apóstolo Paulo diz que o fim da lei é Cristo (Romanos 10:4)? Que lugar ocupam a lei e o evangelho na aliança de Deus com Seu povo? Cristãos das mais diferentes confissões religiosas acreditam que, na era do Novo Testamento, a lei foi substituída pela graça. Desse modo, quem vive no Espírito estaria livre do jugo dos mandamentos.
A escritora Ellen White alerta: “Nenhum erro aceito pelo mundo cristão fere mais audaciosamente a autoridade do Céu, nenhum se opõe mais diretamente aos ditames da razão, nenhum é mais pernicioso em seus resultados do que a doutrina moderna, que tão rapidamente ganha terreno, de que a lei de Deus não mais vigora para os homens” (O Grande Conflito, p. 584).
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Muitos intérpretes bíblicos falham em enxergar a realidade de que o Deus dos mandamentos é o mesmo Deus da cruz (Êxodo 33:18-23, João 1:14-18). Em meio à grande confusão de interpretações que opõem a graça à lei, o livro O DNA das Alianças, de Skip MacCarty, traz uma importante contribuição à compreensão desse tema.
MacCarty é doutor em Ministério pela Universidade Andrews, nos Estados Unidos, e atuou durante mais de duas décadas como pastor associado da Pioneer Memorial Church, no campus da universidade. Sua abordagem é solidamente bíblica e brotou dos questionamentos enfrentados ao longo de seu ministério pastoral.
Aliança perpétua
Sua obra analisa em detalhes a relação entre o Antigo e o Novo Testamento e qual é o papel da lei e do sábado para os cristãos da era do Novo Testamento. Segundo o autor, as alianças feitas por Deus em diferentes situações ao longo da história são unidas pelo amor divino que se estende de eternidade a eternidade.
A grande contribuição de MacCarty está em demonstrar que muitos trechos bíblicos falam da antiga e da nova aliança não em termos de um período histórico ou uma fase do relacionamento entre Deus e a humanidade. Para o autor, essas duas alianças são definidas, em muitos casos, como uma experiência vivida em qualquer época ou lugar. Ao longo de toda a obra, ele demonstra que o Deus soberano é autor de uma lei perpétua, de uma graça infinita e de uma aliança eterna. Portanto, a graça não livra o ser humano da lei, mas o habilita a vivê-la pela fé. Até as últimas consequências.
Guilherme Silva é editor na Casa Publicadora Brasileira.
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