Adolescentes coletam lixo em comunidade ribeirinha durante retiro espiritual
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2000, mostrou que mais de 228 toneladas de lixo eram produzidas por dia no Brasil. Em 19 anos, o número é muito maior. O estudo também divulgou que a maior parte d...
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2000, mostrou que mais de 228 toneladas de lixo eram produzidas por dia no Brasil. Em 19 anos, o número é muito maior. O estudo também divulgou que a maior parte do lixo tem a sua parada final em aterros sanitários a céu aberto, conhecidos popularmente como "lixões". Infelizmente, esse não é o ideal, pois prejudica o solo, sendo o mais viável a coleta seletiva e o tratamento específico para cada material. Porém, antes de dar esse passo, é preciso fazer o básico: jogar o lixo na lixeira. Com a finalidade de conscientizar a população e contribuir com a coleta, no último domingo, dia 3 de março, adolescentes da Igreja Adventista do Sétimo Dia de Barreirinha, no Amazonas, foram à comunidade ribeirinha de Tucumanduba, no Rio Andirá, para coletar lixo.
A iniciativa fez parte da programação tradicional da campal de Tucumanduba, existente desde 1963, como forma de levar os adolescentes à ação e mostrar como é possível realizar atividades relevantes em prol da sociedade. Atualmente, a pequena comunidade é composta por cerca de 30 famílias na vila que aceitaram prontamente a colaboração. “Eu achei essa atitude muito importante, porque mesmo sendo adolescentes, eles têm mais consciência do que nós, adultos, muitas vezes. Temos que preservar a natureza para a geração futura”, ressalta a agricultora Elilzilene Costa, que mora na comunidade.
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Os 36 adolescentes levaram sacos plásticos para coletar o lixo que encontravam nas ruas e iam até as casas para coletar e conversar com as famílias. Além de abordar as pessoas e recolher o lixo, eles doavam panfletos sobre a esperança de um mundo melhor. Para eles, a tarefa valeu a pena. É o que conta Viviane Barros, de 12 anos. “É muito importante fazer ações como essa porque ajuda tanto quem recebe como quem realiza. Senti-me bem em participar”, declara.
A responsável pelos adolescentes nos estados do Amazonas e Roraima, professora Madalena Barbosa, participou da ação e disse que projetos como esse contribuem para que cada adolescente tenha um cuidado em preservar o meio ambiente e também causam uma boa impressão nas pessoas que recebem as orientações. Pensamento semelhante tem o presidente de Tucumanduba, Raimundo Santos. “O evangelho não se resume só em pregar, mas as ações também são importantes para isso. A iniciativa é louvável e só posso agradecer”, enaltece.