“Árvore” carrega bateria de celular e estimula uso de energia limpa
Campori sustentável mostra, de maneira lúdica, que a energia limpa está ao alcance de todos.
As estudantes Ana Bertran e Ingrid Ferreira estão sentadas à sombra, mas o intuito não é fugir do sol, apesar da temperatura no Parque dos Peões chegar aos 34º. O que elas querem mesmo é aproveitar a árvore fotovoltaica para recargar a bateria do celular. “Achei legal este lugar. Vou vir aqui todo dia, pois preciso de bateria para falar com meus pais”, afirma Ana.
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A energia utilizada para recarregar os celulares é produzida por um totem com aparência de árvore. Nas folhas foram instalados painéis que captam a luz solar para convertê-la em energia elétrica. Próximo a ela há tomadas com entradas USB para os visitantes conectarem os aparelhos eletrônicos.
O fornecimento de energia limpa para recarregar as baterias é uma das atrações oferecidas pelo projeto Campori Sustentável, idealizado pelo Núcleo de Tecnologia, Engenharia e Arquitetura do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp).
Na área externa do stand instalado no V Campori Sul-Americano, os visitantes também encontram bicicletas acopladas a um dínamo que a cada pedalada produzem energia elétrica por indução magnética.
Já na parte interna está uma lâmpada que acende por meio da força da gravidade. Funciona assim: uma bolsa de 12kg é acoplada a lâmpada por meio de um sistema que envolve a força da gravidade e a energia cinética. Para acionar o sistema basta puxar um dos fios, num movimento parecido ao de abrir uma cortina persiana. Os movimentos geram eletricidade.
Acessibilidade
E para quem pensa que para obter energia limpa é necessário construir um sistema complexo, a mochila fotovoltaica mostra que não. O acessório permite recarregar o celular enquanto se anda pela rua graças a um painel solar instalado na parte externa da mochila que converte a luz do sol em energia elétrica.
Se depender da professora argentina Helena Feltan, as propostas apresentadas pelo projeto vão ultrapassar fronteiras. “Fiquei feliz ao ver que o Campori Sul-Americano apresenta este tema para as crianças e adolescentes. Pretendo levar estas ideias para as escolas e compartilhar com outros professores”, explica a docente que mora em Puerto Iguazú, cidade argentina localizada na Tríplice Fronteira.