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Youtubers influenciam internautas com estilo de vida adventista

Autenticidade é principal marca do grupo de 50 influenciadores digitais. Eles se reuniram em SP a convite da Igreja Adventista.


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Por Lucas Rocha

Youtubers adventistas seguram livro "O poder da esperança". Integração com a igreja é assumir estilo de vida cristão. (Foto: Késia Andrade)

Neste domingo, 25 de fevereiro, cerca de 50 influenciadores digitais participaram de um encontro de youtubers adventistas realizado na capital paulista. Organizado pela sede administrativa da Igreja Adventista para o Estado de São Paulo (União Central Brasileira – UCB), o evento foi uma oportunidade de aprendizado como também de “abrir o coração”. A expressão foi utilizada diversas vezes pelos diferentes palestrantes e pôde ser percebida na prática por meio da autenticidade que os youtubers adventistas gravaram vídeos em parceria com outros youtubers.

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A iniciativa de unir os youtubers adventistas começou no ano passado, quando os vlogguers participaram de um jantar para se conhecerem (lembre no vídeo). O encontro deste ano, no entanto, foi mais intencional. Os participantes receberam dicas de planejamento e produção de um canal, como interpretar os dados da audiência e usá-los de forma eficiente e também compartilharam histórias sobre o começo de alguns. “Percebemos que a maior parte deles não está em um nível profissional. Além de inspiração, motivação, eles precisam de ferramentas para crescer e influenciar mais pessoas”, afirmou Robson Fonseca, organizador do evento.

Andrei Bedene é um ponto fora da curva. Ele começou o canal você não sabia em outubro de 2012. Atualmente, os vídeos que ele postou somam 63 milhões de visuzalizações e mais de 1,1 milhão de inscritos. A soma de todos os canais representados no encontro é de 2,1 milhões de inscritos. Bedene compartilhou a trajetória dele durante o encontro e abriu o coração sobre um dilema que enfrentou no início. Os vídeos que ele publica são sobre cultura pop e não têm aplicação espiritual. “Eu orava a Deus para que ele me orientasse em relação a isso”, revela.

 

Apesar de reunir influenciadores de diferentes segmentos, sendo que muitos deles não têm como tema principal a experiência espiritual, em nenhum momento do encontro foi feito um convite para que os youtubers mudassem o conteúdo publicado. “Esse grupo especial não precisa necessariamente colocar a Igreja no canal do youtube. Mas, como adventistas e influenciadores que são, eles precisam colocar Deus na vida. E aí, a autenticidade de cada um será um poderoso sermão”, argumenta o pastor Odailson Fonseca, diretor de comunicação da Igreja Adventista no Estado de São Paulo. Para ele, o relacionamento com Deus deve guiar não apenas o conteúdo mas também a forma como cada vlogguer se relaciona com os seus seguidores.

“Esse grupo especial não precisa necessariamente colocar a Igreja no canal do youtube. Mas, como adventistas e influenciadores que são, eles precisam colocar Deus na vida. E aí a autenticidade de cada um será um poderoso sermão” Odailson Fonseca

 

Parcerias

 A iniciativa de reunir youtubers adventistas também fomenta a criação de parcerias. Durante o encontro, foram disponibilizados dois estúdios para que os vlogguers gravassem vídeos em parceria com outro canal. No ano passado, o próprio perfil da sede administrativa da Igreja Adventista para o Estado de São Paulo promoveu alguns youtubers. Durante a Semana Santa, foi realizado um Pequeno Grupo online que reunia ao menos um vlogguer adventista. Os vídeos foram transmitidos em tempo real pelo facebook. Outro projeto que envolveu a participação de alguns youtubers adventistas foi a série Adoração, disponível no youtube. Dhiego Damm, criador do canal Eu não como mato, participou de um dos episódios da série (veja o vídeo). Apesar de ver potencial com o canal, admite que estava desanimado. “Conversar com pessoas que também enfrentam diferentes empecilhos, ouvir palestras e fazer parcerias, com certeza, tem sido importante para mandar esse desânimo pra longe. Algo que ouvi no último encontro e que me deixou muito feliz foi o incentivo à criação de conteúdo capaz de mudar vidas e não apenas alimentar o nosso ego. Acho que encontros como este deveriam acontecer mais vezes”, sugere.