Voluntários adventistas distribuem refeições e livros para caminhoneiros
Num momento de crise, grupo auxilia os motoristas com dificuldade de encontrar restaurantes abertos ao longo da estrada.
Em tempos de crise causada pela disseminação do coronavírus (Covid-19), os caminhoneiros têm tido dificuldade em encontrar restaurantes abertos à beira das rodovias. A decisão de fechar as portas dos estabelecimentos comerciais que servem refeições é tomada seguindo as recomendação de isolamento social e devido a baixa do movimento de veículos nas estradas.
Pensando em ajudar os caminhoneiros a enfrentarem essa situação, voluntários da Igreja Adventista em Araguanã, município do interior do Maranhão com pouco mais de 15 mil habitantes, decidiram organizar uma ação que atendesse aos motoristas que circulam na rodovia que atravessa a cidade, a BR 316.
Na última segunda-feira (30), os voluntários prepararam uma refeição, distribuíram em marmitas e na hora do almoço, utilizando máscaras e luvas, posicionaram-se em frente ao posto da Polícia Rodoviária Federal.
Com o auxílio dos policiais rodoviários, os caminhões puderam parar em segurança para que seus condutores recebessem a marmita e água gelada. Além do alimento, foram entregues também exemplares do livro Esperança para a Família, que trata de estratégias para lidar com crises familiares.
Voluntária na ação, a estudante Anita Barros conta que o melhor de participar da iniciativa foi ver a reação das pessoas atendidas. "Alguns falaram que jamais iriam esquecer o que tínhamos feito por eles; nesse momento, muitos deles estavam precisando, pois estavam vindo de longe e não tinham achado lugar pra almoçar ou comprar água", relata.
Ao final do dia, o grupo voltou ao ponto de distribuição; dessa vez, eles levavam o jantar dos caminhoneiros: caldo e torradas.
A proposta do grupo é manter a entrega de refeições enquanto os transtornos causados pela pandemia do novo coronavírus continuarem. Eles farão a distribuição aos domingos, segundas e quartas. Com o sucesso da ação, comerciantes da cidade decidiram apoiar, doando gêneros alimentícios para que a preparação das marmitas continue.
O pastor Marcos Furtado, coordenador da ação, considera um privilégio servir àqueles que trabalham para fazer chegar a todo o país itens fundamentais para a população. "Foi uma alegria entregar não só alimento físico, mas também o alimento espiritual, para que eles possam estar mais motivados para o seu trabalho", conta o pastor Marcos, referindo-se aos livros distribuídos.