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Voluntários Adventistas Demonstram Amor na Prática

Especialistas têm afirmado que a crise do coronavírus pode fazer a fome quase dobrar no mundo este ano. Segundo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), o impacto da Covid-19 pode deixar 130 milhões de pessoas a mais com suas vidas e subsist...


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Especialistas têm afirmado que a crise do coronavírus pode fazer a fome quase dobrar no mundo este ano. Segundo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), o impacto da Covid-19 pode deixar 130 milhões de pessoas a mais com suas vidas e subsistência em risco.

Mesmo diante de um cenário intimidador, onde as tristes notícias deixam a todos preocupados e ocupam as primeiras páginas dos jornais, a esperança precisa ecoar mais alto que o medo e o poder de sua mensagem ressoar com maior intensidade que a incerteza.

A Igreja Adventista do Sétimo Dia na América do Sul tem enfrentado a crise com solidariedade, oração  e ações de amor. Recentemente empreendeu ações como o Mutirão de Páscoa, com o intuito de arrecadar alimentos, roupas e calçados a pessoas que já enfrentavam situação de vulnerabilidade social e outros que foram diretamente atingidos pela pandemia, com a perda de seus empregos e demais fontes de renda.

Para tais circunstâncias, a IASD conta com instituições como a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA), atuante em todas as frentes que exijam amparo em situações de crise.

 

ADRA em Roraima

Roraima estima que 40 mil venezuelanos já entraram na cidade de Boa Vista. Esse número equivale a 10% da população local, ou seja, um aumento considerável na população, causando uma crise também no estado. Os abrigos já estão lotados e vários dos imigrantes estão vivendo em situação de rua.

Em Roraima, a ADRA já está apoiando o governo local na prestação de auxílio aos refugiados, com a distribuição de alimentos, kits de higiene e cursos de qualificação profissional para ingresso no mercado de trabalho, com mais de 4.500 pessoas beneficiadas.

Contudo, a pandemia do COVID-19 tornou os desafios ainda maiores, pois além do atendimento aos refugiados venezuelanos, cidadãos brasileiros também apresentam a necessidade de amparo quanto à alimentação. A fome é uma realidade e atualmente mostra sua face de forma ainda mais cruel.

Todavia, num lindo gesto de amor ao próximo, a ADRA em Boa Vista, firmando parceria com as igrejas adventistas Central de Boa Vista e dos Ingleses (constituída basicamente por irmãos da Guiana Inglesa), iniciou um projeto de acolhimento social que vai beneficiar diariamente 50 famílias, servindo almoço e jantar, enquanto durar a quarentena.

Para o pastor Arlindo Kefler, coordenador da ADRA em Roraima, a ação consiste em atender irmãos e amigos desprovidos de condições para alimentação. Um outro ponto positivo é envolvimento dos voluntários, numa clara evidência de que a Igreja Adventista está em movimento em favor de quem precisa. Pastor Arlindo e equipe têm se colocado à disposição do projeto de maneira integral para que toda a logística ocorra de forma satisfatória e todos sejam atendidos adequadamente.

O pastor Edivan Oliveira, coordenador da Ação Solidária Adventista para aquele estado e que também atua como voluntário, celebra por saber que mais de 130 pessoas estarão sendo atendidas com refeição quente no almoço e jantar. Ele reconhece a atuação da ADRA, da Ação Solidária Adventista e o envolvimento dos irmãos em todo o processo

 

Voluntários em Itacoatiara

Distante aproximadamente 270 km de Manaus está a cidade de Itacoatiara, terceiro município mais populoso do Amazonas, segundo o IBGE. Os casos da COVID-19 também assolam a cidade.

Mas naquele município, a solidariedade também viraliza de forma espontânea e crescente. Irmãos da igreja localizada no bairro Mutirão se reuniram para semanalmente distribuir refeições para 50 famílias. Seguindo o protocolo de segurança, um grupo de voluntários se reúne para arrecadar donativos que resultam em marmitas com cardápio variado para atendimento aos necessitados.

José Braz é líder da igreja local e um dos voluntários que coordena a ação solidária. Ele afirma que mesmo em face das dificuldades, os irmãos não deixam de contribuir para que o alimento seja uma realidade na mesa dos que precisam. “Fazemos tudo com segurança. Eles recebem o alimento e levam para os seus respectivos lares. O cardápio varia, pois depende do que arrecadamos e dos recursos que possuímos, mas não medimos esforços e cremos em Deus que não haverá de faltar. Junto com o alimento físico, também levam uma mensagem de fé e esperança, finaliza.

Corrente do Bem em Parintins

Como nos tempos bíblicos, em Parintins, município do Amazonas, houve multiplicação de pães e peixes. A ação desenvolvida pela juventude adventista parintinense pode não ter sido sobrenatural, mas para os que necessitam, foi um verdadeiro milagre.

Em duas semanas de ação social, foram distribuídos 1.000 pães, 500 quilos de peixes e 200 cestas básicas doadas pelos irmãos da igreja e entregues para famílias carentes.

O líder da Igreja Adventista em Roraima e no Amazonas Wiglife Saraiva, fala com emoção do sentimento de ver a igreja ir às ruas, levando Cristo onde Ele precisa estar. “Sabemos dos riscos, mas seguimos os protocolos de segurança. A solidariedade vem acompanhada de cuidados. Pastores, líderes, todas as famílias têm feito sua parte para amenizar a dor de alguém. Na capital, no interior, percebemos uma igreja unida, atuante, solidária, que ama a Deus e ama as pessoas, demonstrando através de ações concretas”.

Para João Maurício, assistente social e voluntário, compartilhar com os irmãos é mostrar que a igreja também pode contribuir com a comunidade além do aspecto espiritual.  Acompanhado de seu amigo Lund Sá, usando máscara e álcool gel e com um carro repleto de pães e peixes, fizeram a alegria de pessoas como o senhor Otávio Belém, aposentado, que além de agradecer pelo alimento recebido, fala do bem que trouxe ao seu coração e do quanto os mantimentos ajudarão sua família. “Precisamos de alimento todos os dias. Os adultos se “ajeitam” por ali, mas com criança é diferente”, sentencia.

Para os voluntários, demonstrar amor na prática é o que mais importa neste momento.