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Vizinhos ganham kit de Páscoa e carta sobre o verdadeiro significado da comemoração

Após hesitar em realizar ação, Deiselene foi impressionada por Deus e presenteou moradores do andar do prédio onde mora.


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Kit de Páscoa foi composto com suco, pães, livro missionário e carta (Foto: Arquivo Pessoal).

Deiselene Araújo acordou por volta das 3h da manhã e não conseguiu mais dormir. Sem entender o motivo da insônia, orou a Deus. A partir de então, tudo começou a fazer sentido e ela compreendeu que tinha uma missão a realizar no domingo de Páscoa.

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No dia anterior, sábado, 11, Deiselene e seus dois filhos receberam os desafios do penúltimo dia do primeiro Campori/Aventuri On-line da Associação Paulista Leste, sede administrativa da Igreja Adventista do Sétimo Dia nas regiões leste e norte da capital paulista. A filha mais velha é desbravadora, Deiselene e o filho mais novo participam do Clube de Aventureiros. No entanto, ao se deparar com o desafio #LuzDoMundoeSaldaTerra, que consistia em usar a criatividade para desejar Feliz Páscoa a pelo menos cinco vizinhos por meio de bilhete, carta, pão, suco ou outro item – sempre tomando todos os cuidados com as recomendações de saúde do distanciamento social para evitar qualquer risco –, Deiselene hesitou. “Estamos em quarentena, quase não saio de casa. Quando vi que tínhamos que fazer isso para o vizinho, falei, brava: ‘Não vou fazer!’”, afirmou.

Mãe e filho cumprem requisito do Campori/Aventuri On-line: colocar Deus em primeiro lugar todas as manhãs (Foto: Arquivo Pessoal).

Insônia

O dia passou, outros requisitos do campori/aventuri on-line foram cumpridos e Deiselene não pensou mais naquele desafio, em especial. À noite, acompanhou com os filhos o penúltimo culto da Semana Santa pela TV Novo Tempo e foi dormir. Cerca de 3h da manhã, ela acordou com uma espécie de ansiedade. Não era a primeira vez que isso acontecia. Tentou dormir, mas nada do que fez trouxe-lhe de volta o sono. “Eu rolava de um lado para o outro na cama, com uma inquietação, como se Deus quisesse falar comigo. Orei: ‘Senhor, tem coisa errada. Não estou sentindo dor nem nada. Eu sinto, mas não sei o que o Senhor quer que eu faça’. Eu não sei explicar, é como se fosse uma impressão muito forte”, diz.

Após a oração, Deiselene conta que lhe veio à cabeça o jeito exato para produzir uma carta para os vizinhos. “Como se fossem flashes. Veio que eu tinha que comprar suco, fazer um kit... eu queria voltar a dormir, mas não conseguia. Levantei da cama às 6h da manhã, fiz algumas tarefas e às 7h30 fui ao mercado. Falei para Deus: 'Se eu chegar lá e encontrar uma garrafa pequena de suco de uva, saberei que preciso cumprir esse desafio'. Passei apressadamente pela gôndola de sucos, mas ficou registrado em minha memória uma pequena garrafa de suco. Voltei, a peguei, mas quando li o rótulo, era suco de uva gaseificado. Pensei: ‘Isso não tem nada a ver com o sangue de Jesus’. No corredor paralelo, encontrei uma garrafa de suco de uva e lembrei que era exatamente a mesma que Deus havia me mostrado na madrugada. Orei: 'Entendi, Senhor. É para fazer, mas não do meu jeito’”, comenta. Deiselene comprou pães e outros itens e foi para casa. Após higienizar as compras, procurou envelopes e confeccionou cartas iguais às impressões que teve na madrugada. Ela escreveu sobre o verdadeiro sentido da Páscoa e colocou informações sobre a Semana Santa pela TV Novo Tempo, a fim de que os vizinhos acompanhassem a programação à noite.

“Feliz Páscoa”

Deiselene mora em apartamento. Em seu andar existe o total de quatro apartamentos. Ela conhece dois vizinhos, mas a terceira mudou-se há pouco tempo e ela ainda não teve a chance de conhecer os novos moradores. Ela e os filhos colocaram os kits de Páscoa na porta dos três vizinhos e interfonaram para eles. “Meu filho dizia: ‘Bom dia, meu nome é Josué. Deixei um presente especial na sua porta. Feliz Páscoa!’ O vizinho agradecia e abria a porta para pegar o presente. Junto ao kit, enviamos uma literatura da igreja. A vizinha que ainda não conhecemos interfonou para nós e agradeceu o nosso gesto. Meu filho contou que somos adventistas, desbravadores e aventureiros, falou do campori/aventuri on-line e a convidou para assistir ao culto da Semana Santa na TV Novo Tempo. Ela disse que ia assistir. Outra vizinha me mandou mensagem para agradecer”, destaca.

Nas impressões de Deiselene, carta aos vizinhos tinha envelope com aba que lembra o lenço dos desbravadores (Foto: Arquivo Pessoal).

Para Deiselene, o retorno dos vizinhos foi uma resposta de Deus às suas inquietações. “Somos propensos a duvidar, a questionar a Deus. Sou pecadora e miserável, mas Deus me usou para falar dEle a outras pessoas, e de uma forma muito simples. Fiquei impactada. É uma experiência única e temos que testemunhar do que Deus fez e faz por nós. Sou grata por Ele ter me usado nessa ocasião e por Ele estar sempre presente na vida da minha família”, emociona-se.

Gesto de amor

Embora a ação de Deiselene ainda não tenha causado um efeito imediato nos corações de seus vizinhos, ela sabe que plantou uma semente de amor, compaixão e esperança em seus corações. “Deus me mostrou, mais uma vez, que está no comando de tudo, única e exclusivamente para salvar os que estão perdidos”, comemora.

Deiselene Cristina de Freitas Araújo é líder distrital de aventureiros e membro da Igreja Adventista de Itaquera, região leste de São Paulo, capital. Ela também atua como instrutora no Clube de Desbravadores Barão de Mauá, da igreja a que pertence.

Família pendurou lenço dos desbravadores e pano vermelho carmesim na porta do apartamento. Símbolo relembra o sangue nos umbrais das casas do povo de Israel, orientação divina que os livrou da décima praga no Egito, a morte dos primogênitos (Foto: Arquivo Pessoal).