Luís Eduardo Maciel, de 18 anos, viveu uma experiência de transformação de vida que o fez acreditar ainda mais na missão. Ao chegar na cidade, o grupo de missionários iniciou suas ações, visitando as pessoas, convidando para estudos bíblicos e, assim, Luís conheceu o senhor Sebastião Gonçalves e sua família.

Família Gonçalves

Sebastião é lavrador, não sabe ler ou escrever. Sua esposa, Maria Gonçalves, também trabalha com a terra, um trabalho árduo e cansativo, mas que ajuda com o sustento da família, que também recebe benefícios do governo. Juntos, eles têm um filho, Marcelo Gonçalves, de oito anos de idade, que estuda em uma escola da rede pública da cidade.

Assim, ao receber a visita da dupla missionária, Sebastião logo se interessou pelo estudo da Bíblia e abriu sua casa para os encontros de Pequeno Grupo.

Assim, com cerca de três meses de estudo, o convite ao batismo foi feito pelos jovens missionários e logo aceito por Maria, mas recusado por Sebastião. O motivo: ele tinha vício por bebida alcoólica e não via que poderia se batizar com esse obstáculo.

Portanto, os estudos continuaram, por cerca de mais três meses. Foi quando Sebastião ouviu a história de uma transformação por meio da decisão do batismo. Em outra cidade, um senhor tinha vício pelo fumo, porém, mesmo assim, aceitou a Cristo, escolheu o batismo e abandonou o hábito de fumar.

Superações e três batismos

Entretanto, as dificuldades não param quando uma decisão é tomada. O caminho para a vida eterna é e será repleto de desafios e obstáculos, porém, quanto mais junto da Palavra, mais firmes os caminhos.

Dessa forma, com a certeza de que para Deus nada é impossível, Sebastião, Maria e Marcelo se batizaram juntos, durante a Caravana Calebe.

Os participantes do projeto, Um Ano Em Missão, descobriram durante as visitas e ações que esse trabalho não acaba quando o OYIM termina, mas segue no coração de cada um.

Cinco jovens em missão

Cavalcante, no Goiás, recebeu cinco jovens Adventistas, com sede de transformação, de oferecer estudos e fazer laços de amizades. A princípio, eles dariam estudos, fariam apelos e após os batismos, a missão estava encerrada.

Entretanto, ser missionário e participar do projeto, Um Ano em Missão, é carregar uma mochila de sonhos, desafios, obstáculos, conquistas e crescimento. Assim, eles destacaram o que mais os marcou durante as ações.

“O que mais me impactou foi ver pessoas sendo transformadas. Ver que muitas foram salvas em Cristo Jesus, abandonaram vícios e mudaram de vida”, destacou Luís Eduardo.

Hemilly Pereira Santana, também de 18 anos, lembrou que a carência das pessoas em relação a Deus, mais a tocou. “Foi um privilégio poder levar a palavra de Deus para elas, por meio dos estudos bíblicos. Outra experiência impactante, foi a transformação que a missão causou na minha vida. Eu saí de lá transformada e mais conhecedora da Bíblia”, disse.

“O que mais me impactou no Um Ano em Missão 2023, foi realmente pregar o ide e saber o quanto a igreja trabalha nos locais onde não há presença Adventista”, ressaltou Ana Beatriz, de 19 anos.

Daniel Braga, de 20 anos, se emocionou com sua participação no projeto. “Foi emocionante ver pessoas salvas por meio do Espírito Santo operando por meu intermédio. Agora, elas darão sequência ao trabalho iniciado em Cavalcante”, salientou.

“A atuação do Espírito Santo na vida de cada pessoa ali, e na minha também, me chamou a atenção”, destacou Laura Ramos, de 19 anos. Ela explicou que fizeram projetos que transformaram a vida de pessoas que “jamais pensaram em se entregar a Cristo”.

“Isso mostra o quanto precisamos pregar o evangelho a cada dia. Precisamos ser missionários hoje, amanhã e até Jesus voltar”, disse Laura.

Um projeto de vida

Para o pastor Cristóvão Ferraz, a experiência foi boa. “Além de trabalhar a espiritualidade na equipe que participou da missão, nós fundamos uma igreja e trabalhamos com os desbravadores. Vimos pessoas sendo transformadas na Igreja, no OYiM e nas famílias dos meninos e meninas dos desbravadores”, explicou o líder da equipe.

“Quando chegamos ao local da missão, percebemos que os moradores não estavam muitos receptivos. Mesmo assim, os jovens não desistiram. No final, conseguimos ver todos os resultados alcançados. Então, os esforços deles fizeram a diferença, isso me impactou bastante”, ressaltou Jéssica Pereira de Souza, esposa do pastor Cristóvão, que também participou do projeto de evangelismo.

Jovens missionários

Forlan de Oliveira, pastor e líder do departamento Jovem para a Associação Planalto Central (APlaC), explicou que o projeto é interessante, pois é “uma amostra de onde estão os olhos da igreja”.

“Quando a Igreja Adventista chama jovens para viver uma experiência assim, é uma mensagem de que ela crê na juventude e forma uma geração missionária”, destacou Forlan.

Ele ainda explicou sobre o trabalho realizado em Cavalcante. “Foram 42 pessoas batizadas, um plantio de igreja, um Clube de Desbravadores estabelecido, uma liderança treinada para continuar pregando o evangelho. É lindo ver que Deus tem levantado uma geração que diz: Maranata, o Senhor logo vem”, destacou.

OYiM – One Year in Mission

Um projeto dedicado para a geração jovem se envolver na missão de forma integral, viver a missão. Com experiências únicas, eles serão o futuro da Igreja Adventista do Sétimo Dia, repletos de envolvimento, espírito missionário e liderança, além de um olhar de empatia pelo próximo, pelo mundo.

Um Ano em Missão (One Year in Mission (OYiM), em inglês), surgiu na União Centro-Oeste Brasileira (UCOB) no ano de 2011, com o nome: Missão Total, em 2011. Após o alinhamento com a Igreja Adventista mundial, o projeto assumiu o nome atual e faz parte do portfólio de programas permanentes do Ministério Jovem Adventista.
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