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Uma promessa chamada Samuel 

Bebê vence a luta pela vida contrariando diagnósticos médicos


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Há quase um ano Samuel e sua família vivem o milagre (Imagem: Mídia ANRA)

Assim como para muitas mulheres, a maternidade era o sonho que Sheila Bitencourt aspirava antes mesmo de casar. Em suas conversas com Deus, Sheila se deparou com a história de Ana, uma mulher estéril e que pediu ao Senhor um filho. Através da história bíblica, Sheila sentiu que Deus havia prometido um menino a ela.  

Assim que conheceu seu esposo, contou sobre a promessa que recebeu de Deus e o nome da criança seria o mesmo do personagem bíblico: Samuel. Depois de dois anos de tentativas e acompanhamento médico, finalmente Sheila realizou o sonho, estava grávida. “Eu estava tão feliz que chorei, tamanha era a felicidade”, declara Evandro Bitencourt, marido de Sheila, que recebeu a notícia ao chegar do trabalho. 

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Complicações na gestação 

No início da gestação, Sheila descobriu que tinha insuficiência istmo cervical, problema ginecológico que resulta no parto do bebê no segundo trimestre de gestação. Em seguida, recebeu outro diagnóstico: diabetes gestacional. Após uma semana internada, a bolsa estourou com seis meses de gestação com um bebê pesando apenas 600 gramas. 

A equipe médica recomendou tirar o bebê, pois as chances eram mínimas da criança se desenvolver naquelas condições. “Comecei a fazer muitos questionamentos para Deus. Mas, Ele me respondeu: Calma, Eu que te dei, Eu estou à frente”, conta Sheila. A gravidez passou por mais um mês até que os batimentos cardíacos do bebê começaram a reduzir e não havia mais possibilidade de mantê-lo na barriga da mãe.

Luta pela vida 

No dia 03 de março de 2023, o pequeno Samuel nasceu, precisou ser reanimado e foi levado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Quando estava prestes a receber alta, Samuel adquiriu uma infecção hospitalar resistente a qualquer tipo de antibiótico. Nesse momento se intensificava a luta pela vida do Samuel.  

 A igreja onde o casal frequenta se uniu em oração pela vida do bebê. Um grupo do WhatsApp denominado “Guerreiras de oração” intercedia pelo Samuel durante 24 horas.  Além das orações sistemáticas, também foram organizados jejuns em prol da saúde do prematuro. A história do Samuel foi compartilhada e alcançou pessoas de outros estados, que se juntaram nessa corrente de oração.  

Mensagens de números desconhecidos que transmitiam consolo e fortalecimento começaram a chegar no celular de Sheila durantes as madrugadas. “Teve momentos que eu e meu esposo chegávamos do hospital e a gente só conseguia chorar. Não tínhamos mais palavras para expressar, o que nos restava era chorar diante dEle, mas eu acredito que até nossas lágrimas Deus traduz”, relembra. 

Milagre do leito 7

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Leito 07 ficou marcado para os pais, principalmente para a mãe (Imagem: Arquivo pessoal).

Durante todo o período de internação e mudança de hospital, uma coisa chamou a atenção de Sheila. A numeração do leito do Samuel era sempre sete. Longe de ser supersticiosa, ela enxergava como um sinal de Deus que tudo daria certo, pois o número simboliza a perfeição, segundo a Bíblia. 

Um dos momentos mais difíceis para os pais foi a decisão de ungirem do filho. O pastor Arlindo Pacheco foi o responsável pela cerimônia de unção. Segundo o pastor, a Igreja Adventista faz unção somente em casos para entregar uma pessoa para a vida ou descanso. "Me cortou o coração ao ver aquele bebê lutando pela vida, ele forçava o abdômen para respirar. Como ser humano, eu não via possibilidade de continuidade de vida", declara o pastor. Ao longo de seus 33 anos de ministério, nunca havia ungido um bebê. "Eu não tenho dúvidas que houve a interferência de Deus", afirma.

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Samuel nasceu com uma infecção. Após recuperaçãom teve uma segunda infecção por uma bactéria resistente a antibióticos (Foto: Arquivo Pessoal)

Ao todo, foram quatro meses de aflição, oração, lágrimas derramadas e jejum para que vissem o milagre completo acontecer. Quando questionados se em algum momento duvidaram de Deus, Sheila fala com convicção: “Em nenhum momento duvidei, porque Deus havia me prometido um filho e Ele nos mostrava a cada momento que estava conosco”. 

Esse período de angústia também foi oportuno para o casal testemunhar de sua fé. No hospital, conviviam com outros pais que tinham seus filhos internados. Um casal em especial observava a família Bitencourt. A tranquilidade e a confiança em Deus que demonstravam no período de internação do Samuel chamou a atenção. Conheceram a Igreja Adventista através de Sheila e Evandro. O casal, que atualmente mora em Portugal, vai iniciar os estudos bíblicos. 

Assista ao vídeo: