Um Aventuri marcado pela fé
Final do evento emociona líderes e aventureiros em sua primeira edição
Ananindeua, PA ... [ASN] Olhando pela janela de casa ela viu o rio, que era a sua vista, a sua rua, o seu lugar. Mas, ela também lembrou que o rio era o caminho às vezes distante que a separava do seu sonho. Telma Silva mora em Portel, no Pará -um dos munícipios com um dos piores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil - e teve como desafio fundar o primeiro clube de aventureiros do distrito onde mora.
Um ano após conseguir fundar com muito esforço o clube Estrelinhas do Marajó surgiu outro grande desafio, levar as crianças para o primeiro Aventuri da Missão Pará Amapá. Porém, Portel fica há 16 horas de distância de Ananindeua, município onde ocorre o evento, e fazer uma viagem de barco tão longa com as crianças parecia ser impossível quando se somava as dificuldades financeiras. Diante da situação, a primeira iniciativa de Telma, líder do clube, foi orar e depois pedir o apoio dos pais das crianças. Devido a região ser muito carente, as famílias das crianças passavam por dificuldades financeiras e, por sua vez, solicitaram ajuda da prefeitura do município e da igreja local. Após toda essa mobilização e muita comunhão com Deus, no dia 16 de novembro Telma entrou no barco com uma oração no coração e de mãos dadas a três aventureiros de seu clube.
Neste dia 19 de novembro, durante o encerramento do evento, a líder do clube dos aventureiros estava emocionada por ter vivido esse milagre da fé e se despediu do evento com a certeza de que não há rio tão longo que seja um empecilho diante de um Deus tão poderoso.
Após três dias de diversão e muitos milagres, o Aventuri finalizou com uma grande festa e com um saldo positivo de batismos, alegria e comunhão com Deus. As crianças conheceram sobre os pioneiros da história da igreja, cantaram com a turma do Nosso Amiguinho, viram seus líderes serem investidos e fizeram do evento um lugar com a cara delas e um vislumbre do céu.
Prova disso é a percepção de uma das três aventureiras que acompanham Telma nessa jornada. Micaeli Pereira, de 9 anos, quando perguntada se valeu a pena vir de tão longe para o Aventuri, respondeu: “Claro que valeu. Aqui eu fui tão feliz que estou achando que o céu só pode ser assim também”. [Equipe ASN, Juliana Lima]