Esperança. Palavra pequena, mas capaz de melhorar muito a vida de quem a pratica. É por isso que, em 2023, a Caravana da Esperança promovida pela Associação Leste Mato-Grossense (ALM) foi diferente: três equipes foram divididas para alcançar um território maior do campo, consequentemente, alcançando mais pessoas.

Com a multiplicação das equipes, as bençãos também foram dobradas. É isso o que relata o pastor Pr Everaldo Oliveira, diretor do departamento de evangelismo da ALM. “Em cada cidade que passamos é clara a alegria dos irmãos adventistas”, conta. E por meio desse envolvimento demonstrado ao longo do ano, muitas histórias de transformação foram possíveis. Confira algumas delas.

Crer sem ver

A cidade de Sorriso teve a oportunidade de acompanhar o momento emocionante em que a aposentada AldaRibeirodaSilvafoi batizada. Sua história representa perfeitamente o efeito da comunicação adventista na expansão do evangelho, por meio da televisão e outros meios de comunicação. Alda possui deficiência visual e conheceu a igreja adventista por meio da TV Novo Tempo.

 “Num dia de 2019, pedi para meu filho ligar a TV. Ele foi passando os canais até que um me chamou a atenção. Era um homem ensinando a bíblia no canal Novo Tempo. Fiquei impressionada com as palavras dele e passei a acompanhar a escola bíblica, com o pastor Fábio de Sá. Lá aprendi que Jesus tem uma palavra e nela existem todas as respostas que precisamos para viver”, conta Alda.

Depois disso, a aposentada e seu filho procuraram a igreja adventista. Seu filho entrou no clube de desbravadores e logo depois, decidiu ser membro da instituição. “Vi na prática as mudanças que aconteceram na vida dele. Por isso decidi ser batizada também”, acrescenta.

Os pastores Yan Marques e Jaderson Alves, que receberam a Caravana com seus dois distritos em Sorriso expressam sua satisfação com o resultado do programa: “Tivemos 13 pessoas que entregaram a sua vida a Jesus. São pessoas que durante esse ano se prepararam e se tornaram parte da nossa família, e dessa comunidade, por isso nosso coração se enche de felicidade. A partir de agora, começa um novo movimento para que, na próxima Caravana, ainda mais pessoas decidam trilhar pelos caminhos da verdade”, declaram.

Encontrando o lar longe de casa

Na cidade de Lucas do Rio Verde a jornada do pedreiro Adinaldo Gabriel Pereira ficou conhecida por retratar o encontro do verdadeiro lar.  Originário do interior do Maranhão, Adinaldo já havia sido batizado na igreja Adventista, mas se afastou depois de alguns anos. Ao vir para o Mato Grosso, um encontro incomum em uma barbearia despertou nele o desejo por uma vida religiosa renovada.

“Certo um dia, um homem entrou na barbearia em que eu cortava o cabelo e me entrego o livro O Grande Conflito. Já conhecia o tema de vista, então contei a minha história e o meu desejo de retornar para os braços de Jesus. Na época eu frequentava outra denominação, mas ainda assim sentia que faltava algo. Depois de ler o livro e pedir orientação a Deus percebi que a igreja adventista é o meu verdadeiro lar”, conta. A partir disso, Adinaldo passou a se envolver ativamente na entrega do livro e na evangelização, acreditando que a fé deve ser compartilhada e não apenas recebida individualmente.

O Engenheiro Agrícola Mauro Locatelli foi quem entregou o livro a Adinaldo. Ele também participou de seu discipulado, inserindo o ex-adventista na comunidade de Lucas do Rio Verde. “Nunca imaginava viver na pele o resultado do projeto Impacto Esperança. Foi um privilégio fazer parte disso”, salienta. A partir do que viveu, Mauro tem o desejo de se envolver ainda mais com o discipulado por meio do ministério de publicações.

Corrente de Salvação

Para a Igreja Adventista, o sentimento de pertencimento de uma comunidade é um dos fatores essenciais para a decisão de ser batizado. Por isso, na Caravana da Esperança que teve como foco o incentivo à participação de Pequenos Grupos, muitos dos batismos foram de pessoas que participam desse projeto.

Em Lucas do Rio Verde, por exemplo, Jair Sununi Soares e sua esposa Tatiane foram batizados, frutos do envolvimento com a família do irmão Jailson. “Eu já conhecia a Jesus pois era de oura religião, mas estudando com as pessoas do pequeno grupo percebi que poderia ser ainda mais fiel à lei de Deus. Quando percebi que minha família (esposa e filhos) foi acolhida, aí tive certeza: o meu lugar era junto aos membros da Igreja Adventista do Sétimo dia”, explica.

"Foram necessários para que eu e minha mãe compreendêssemos a seriedade e profundidade dos ensinamentos adventistas"

No distrito de Parque Cuiabá, uma outra história também emocionou os adventistas. A analista financeira Adriana Silva Flores, compartilhou sua jornada de oitos anos em direção à Igreja Adventista por meio do Pequeno Grupo. “Todos esses anos foram necessários para que eu e minha mãe compreendêssemos a seriedade e profundidade dos ensinamentos adventistas”, explica Adriana.

 A analista financeira conta ainda que, em certo momento, ela e sua mãe se sentiram tocadas pela convicção de que era o momento certo para o compromisso do batismo. “Tenho um sentimento de libertação do pecado e de renovação pessoal, e minha mãe decidiu que vai se livrar do passado e se tornar uma nova pessoa”, acrescenta. Ambas expressam felicidade e gratidão por esse passo em direção à espiritualidade.

O técnico em refrigeração, Daniel Lemes é líder de Pequenos grupos da sua igreja em cidade de Aragarças (GO). Ele destaca a importância desse ministério na realização de eventos como a Caravana da Esperança em seu distrito. “Nada acontece por acaso. Por trás de todo o processo há indivíduos dedicados que trabalham incansavelmente para que esses momentos se concretizem. O pequeno grupo é visto como um facilitador para o relacionamento e o cumprimento da missão, sendo considerado uma visão divina, pois é algo que vem de Deus”, comenta

Impressões eternas

A Caravana da Esperança na Associação Leste Mato-grossense fez diferença tanto para quem foi batizado quanto para quem participou da produção do projeto. O pastor Diego Costa, líder do distrito Pedra 90, em Cuiabá, afirma: “cada testemunho relatado, cada lágrima que cai em quem se emociona, e a cada momento em que recebemos a motivação para a missão, cria-se uma impressão eterna nos corações da comunidade adventista”. Para mim, é um privilégio enorme ser testemunha disso, contribuindo com o meu trabalho para o ministério”, revela.

Mesmo aqueles que compareceram ao evento sem saber do que se tratava foram tocados pelo impacto das transformações vividas na Caravana da Esperança. Esse é o caso da vice-prefeita de Aragarças (GO), Regina Célia (PSC), que foi convidada por uma amiga para assistir a um batismo. Ela relata que ficou encantada com o tema do sermão apresentado, sobre superar as tempestades da vida, e como a igreja Adventista as enxerga. “Esse deveria ser um evento mensal, pois o que está faltando no mundo são mais pessoas falando de esperança”, declara.

Experiências marcantes também para os pastores

O Pastor Gilson Magalhaes, Evangelista da Igreja Adventista em todo o Centro Oeste Brasileiro, também experimentou experiências marcantes. Ele relembra um dos dias em que esteve na cidade de Sorriso (MT), quando recebeu uma bela surpresa. “No nosso primeiro dia nosso em Sorriso, uma senhora veio falar comigo e, ao vê-la, comecei a me lembrar dela. Ela tinha sido missionária em Rondônia, há muito tempo quando eu era pastor lá, mas se desviou da igreja. A Caravana da Esperança trouxe um impacto no coração dela, e eu tive a alegria de batizá-la e colocá-la de volta na missão”, conta.

As histórias dos participantes da Caravana da Esperança refletem a força da comunidade adventista e o alcance transformador da mensagem de esperança e renovação. Cada testemunho reforça o propósito da missão, inspirando mudanças profundas na vida daqueles que foram tocados por essa jornada evangelística.

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