Suicídio é tema de bate-papo com alunos de Maringá
Programa abordou assuntos como depressão e automutilação com os adolescentes
A cada 40 segundos, uma pessoa comete suicídio. Mas nove em cada dez casos podem ser evitados, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Por isso a campanha Setembro Amarelo foi criada, como um sinal de atenção contra esse mal.
O Colégio Adventista de Maringá, em parceira com o Ministério do Adolescente da Igreja Adventista no norte do Paraná, está engajado no mês de conscientização e promoveu um encontro para tratar desse tema abertamente com os adolescentes, já que é crescente o número de mortes entre os mais jovens.
No dia 20 de setembro, sexta-feira à noite, alunos do colégio e participantes do projeto Geração 148 Teen, assistiram a um programa de entrevistas com especialistas que falaram do assunto de maneira direta e aberta. O bate-papo foi apresentado pelo professor Michel Queiroz e teve como convidados o doutor em Saúde Mental Diego Rozendo, a psicóloga educacional e escritora Thamilly Luppi, o professor Rodrigo Udo, e o pastor Igor Fonseca.
Tirando o tabu de abordar o suicídio
“Falar sobre suicídio, ao contrário do que muitas pessoas pensam, que acaba instigando ainda mais o suicídio, na verdade abre portas para que os adolescentes possam buscar ajuda. Também para que eles se sintam compreendidos e que as pessoas aprendam a ouvir, a acolher, a ajudar alguém que está com intenção suicida”, esclarece a psicóloga Thamilly.
O público pôde tirar dúvidas com perguntas feitas ao vivo ou enviadas durante a semana de maneira anônima. “Isso ajuda a gente porque a gente aprende mais sobre Deus num papo muito mais interessante, de um jeito que a gente se sente confortável, não é uma coisa que você se sente pressionada a fazer”, observa Ellen Figueiredo, aluna do colégio e participante de uma base G148Teen.
Ajuda profissional é indispensável
Diego Rozendo, coordenador do curso de Psicologia do Instituto Adventista Paranaense (IAP), indicou algumas atitudes para ajudar quem passa por problemas que levem ao pensamento suicida: “primeiro, ao reconhecer que você tem um problema e compartilha com outra pessoa, o próximo passo é buscar ajuda profissional, é preciso um processo terapêutico. Desabafar faz bem, mas existe uma técnica por trás disso. Ao detectar um amigo, ou eu mesmo, passando por esse problema, é preciso um apoio técnico, profissional. É importante também diferenciar a tristeza da depressão, são distintas. Como a depressão é uma doença, precisa de um apoio médico (psiquiátrico) e psicológico”, pontua.