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Setembro Amarelo: palestras nas escolas conscientizam alunos e professores sobre o tema

Equipe de psicólogos abordou o assunto falando da perspectiva da prevenção e da importância do fortalecimento de vínculos afetivos.


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Projeto do Setembro Amarelo foi trabalhado com alunos por psicólogas escolares e psicólogas convidadas (Imagem: Jordana Perdoncini)

A semana foi de conscientização para os estudantes da Rede de Educação Adventista no sul do Paraná. Isso porque o dia 10 deste mês é oficialmente o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. Em alusão a essa data, professores e alunos receberam orientações sobre o assunto. Uma abordagem necessária, já que, segundo a última pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2019, só no Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, uma média de 38 pessoas consumam suicídio por dia.

Além disso, dados da Secretaria de Vigilância em Saúde, divulgados pelo Ministério da Saúde em 2022, registraram que entre 2016 e 2021, houve um aumento de 49,3% nas taxas de mortalidade de adolescentes de 15 a 19 anos e de 45% entre adolescentes de 10 a 14 anos. O problema de saúde pública foi abordado por uma equipe de psicólogos que apresentou o assunto em forma de palestras e momentos de diálogo para as turmas do Ensino Fundamental II e Ensino Médio.

No colégio adventista Centenário, por exemplo, a apresentação para os estudantes foi conduzida pelas psicólogas Dione Maria Menz e Daniela Ribeiro Matheus. Ambas fazem parte do Grupo Enlaços, uma equipe de profissionais da área de saúde mental, formada a partir do convite da Rede de Educação Adventista do sul do Paraná, para atender às unidades de ensino da região.

Palestras e momentos de acolhimento marcaram a semana nas unidades de ensino (Imagem: Jordana Perdoncini)

Para a psicóloga da rede, Stephany Vinharski, trazer essa conscientização para dentro do espaço escolar, tanto para os alunos, quanto para os professores, é fundamental diante do crescimento das doenças mentais, especialmente entre os mais jovens. “Anteriormente a palestra para os estudantes, foi realizada uma reunião com os professores para trazer informações e capacitá-los para perceber os sinais de alerta e saber como agir em cada situação”, detalha.

Segundo Dione, desmistificar e dar visibilidade a este tema é crucial. “Suicídio é prevenível, isso é uma certeza, mas ele não é previsível, por isso é importante fortalecer a todos”, alerta.

De acordo com a aluna Vitória dos Santos, 16 anos, o conteúdo apresentado foi positivo, especialmente porque trouxe informações que ajudam a lidar melhor com as emoções. “Ninguém está preparado para enfrentar problemas tão sérios com tão pouca idade, ou em uma família que não nos reconhece como pessoas que também sofrem”, explica.

Já o estudante Cauã Ferreira Asth, 15 anos, elogiou a sensibilidade com que o tema do suicídio foi abordado. “Achei a palestra interessante. E elas trouxeram de uma maneira até que sensível”, observa.

Segundo a diretora da Rede de Educação Adventista para o sul do Paraná, Fabiana Nowack, o Projeto do Setembro Amarelo foi planejado desde o início do ano. “A Educação Adventista sempre vai se preocupar com a saúde física, mental e espiritual, e essa ação tem esse propósito, incentivar a vida e a saúde”, assegura a educadora.