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Segunda noite do Campori Fortes no RS motiva jovens a permanecerem firmes em Deus diante dos desafios

Mensagens apresentadas tem feito jovens refletirem sobre vivências e dificuldades do cotidiano.


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Mensagens apresentadas tem feito jovens refletirem sobre vivências e dificuldades do cotidiano. (Foto: Rafael Fischer)

Ariane Rieger começou a frequentar uma Igreja Adventista do Sétimo Dia a partir dos seus 11 anos. Apesar de ter conhecido bem antes os princípios e valores bíblicos promovidos pela denominação, sua mãe, pessoa que mais se preocupava em repassar o que aprendia, era proibida pelo pai de ir a templos religiosos. Isso não impediu que durante a infância, tais informações não fossem fixadas pelo resto da vida.

“Quando eu tinha 6 anos, fomos impactados por uma senhora adventista que tinha ido visitar uma vizinha nossa e que, nesse mesmo dia, ouviu a voz do Espírito Santo e resolveu bater também a nossa porta e oferecer um estudo bíblico. É curioso porque nós já estávamos procurando por algo assim há muito tempo, mas nenhuma pregação de outras denominações fazia sentido. A partir desta visita, minha mãe fez estudos bíblicos e por mais ou menos 3 anos, só quando conseguia, de forma escondida do meu pai”, relembra a jovem.

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Apenas quando Ariane tinha por volta de 11 anos, é que sua mãe conseguiu ser, de fato, batizada. Foi então que Ariany passou a frequentar a igreja com sua mãe e se envolver nas atividades. Isso prosseguiu até os 17 anos, quando a jovem acabou seguindo um caminho inverso, como resultado de um relacionamento difícil que viveu na adolescência. “Eu estava buscando ser feliz onde, na verdade, não existia felicidade. Acabei saindo da igreja e só voltei aos 21 anos. Depois de viver tudo isso, o meu objetivo hoje é o de ter mais contato com Deus. Aqui, nesta terra, não vamos ter felicidade plena, mas se eu estiver mais próximo o possível de Deus, sei que serei mais feliz”, projeta.

Enquanto contava os detalhes de sua história, Ariane aproveitava para enxugar algumas lágrimas que caíram enquanto assistia a programação do Campori Fortes, na cidade de Gramado. De forma curiosa, a necessidade da presença de Jesus na vida – não como forma de resolução de problemas, mas como alicerce diante das dificuldades – foi parte da mensagem trazida pelo arqueólogo Rodrigo Silva, que falou aos jovens na noite de sexta-feira e na tarde de sábado.

Arqueólogo e palestrante Rodrigo Silva trouxe reflexão e aplicações sobre o Salmo 23. (Foto: Matheus Miranda)

“Eu não tenho na minha casa um heliponto com helicóptero particular. Não tenho a riqueza de personagens como Elon Musk, por exemplo. Como é que o salmista me fala que com “o Senhor [sendo] o meu pastor, nada me faltará?” Quando você vai ao hebraico, percebe que essa tradução [do verso 1 do Salmo 23] não está tão precisa. No hebraico, você diz algo que significa “O Senhor é o meu pastor e de nada terei falta” ou “Ele não me faltará””, explica Silva, ao trazer aplicações do texto aos 3.500 jovens que participam do evento.

Na mesma noite, um musical apresentado pelo Coral Novo Canto e o grupo Expressão de Vida, ambos da Faculdade Adventista Paranaense (FAP), tratou sobre os desafios do jovem cristão se manter puro e firme em meio ao contexto da vida nas universidades, onde o questionamento sobre crenças e possíveis más influências podem ocorrer. Por fim, o cantor Daniel Lüdtke, da Gravadora Novo Tempo, interpretou canções diversas de seu repertório.

Ensinamentos, princípios, valores... De alguma maneira, tudo o que Ariane começou a aprender desde criança por meio de sua mãe ainda reverbera e ganhe mais força por meio da programação proposta pelo Campori – algo que, para ela, não deve ficar guardado apenas como lembrança da infância. “É curioso porque eu ainda lembro de maneira bem nítida e detalhada sobre o primeiro estudo bíblico que minha mãe fez. E hoje, o meu sonho, é o de levar o meu pai ao batismo. Especificamente ele, porque minha mãe, minha vó, meu irmão e minha cunhada são todos batizados. E claro, a gente trabalha também para conseguirmos mais estudos bíblicos. Inclusive, já tenho uma amiga que está em processo de estudo pra receber a Palavra”, conclui.

Coral Novo Canto, da Faculdade Adventista Paranaense (FAP) apresentou um musical sobre os desafios do jovem cristão se manter puro e firme em meio ao contexto da vida nas universidades. (Foto: Vitória Amábili)