Notícias Adventistas

Missão

Funcionários da Igreja Adventista se deslocam à Caraá para ajudar afetados por enchente

Servidores se voluntariaram a dedicar o dia de trabalho para levar alimentos e roupas e realizar limpeza e remoção de entulhos das casas


  • Compartilhar:
caraá
Os funcionários foram divididos em equipes para atender aos moradores da cidade. (Foto: Divulgação)

“Não conseguimos entrar em casa há quatro dias”, disse uma das moradoras de Caraá, município gaúcho afetado pela enchente da última quinta-feira, 15. O município de 8 mil habitantes enfrentou chuvas torrenciais na última semana que causaram alagamentos e enxurradas de água que cobriram a cidade. Moradores relataram que a água chegou a cobrir 1,2 metros de altura das casas. Móveis e eletrodomésticos foram submersos por água e barro.

Na última terça e quarta-feira, 20 e 21, a sede administrativa da Igreja Adventista para o sul do Rio Grande do Sul se dividiu em duas equipes e partiram para Caraá para auxiliar a comunidade afetada. Funcionários e pastores se uniram na remoção de entulhos e limpeza das casas. Também levaram água, alimentos e roupas arrecadados pelo escritório, igrejas e pelas unidades escolares adventistas.

Leia também:

“No dia a dia de trabalho fazemos ações para ajudar as pessoas com doações, mas dessa vez era importante estar junto, ouvi-los, limpar os ambientes, ser o ombro amigo, mesmo sem conhecer quem estávamos ajudando”, conta Mirian Fonseca, líder do setor de Recursos Humanos da sede administrativa da Igreja Adventista na região central do Rio Grande do Sul.

caraá
Os voluntários limparam as casas e retiraram os entulhos para que os moradores pudessem voltar aos seus lares. (Foto: Divulgação)

Durante os dois dias, os mais de 40 voluntários conseguiram ajudar seis lares e inúmeras famílias com alimentos, água e roupas distribuídos. Botas, luvas e equipamento de limpeza foram doados pela sede administrativa e os funcionários se desdobraram para limpar as casas tomadas pela enchente. Muitos móveis precisaram ser consertados e portões colocados novamente em seus lugares. Uma das famílias auxiliadas precisou que fosse retirada toda a lama de seus guarda-roupas e banheiro. 

“Foi muito gratificante poder ter participado da ação, saber que conseguimos contribuir um pouquinho para aliviar o sofrimento e ajudar na organização das casas de alguns dos nossos irmãos. É muito impactante ver como a cidade ficou devastada, várias casas destruídas, pontes caídas, muitas pessoas perderam tudo o que tinham. É realmente um cenário de dor”, relata Letícia Braga, funcionária e voluntária da ação.

caraá
Escolas e igrejas doaram alimentos, água e roupas para os afetados pela enchente. (Foto: Divulgação)

Uma igreja, um oásis

Desde que a tragédia atingiu a cidade, a igreja adventista de Rio dos Sinos, em Caraá, abriu suas portas para a comunidade. Famílias, equipes de resgate e voluntários foram abrigados e alimentados no templo durante este período.

Os membros se encarregaram de arrecadar roupas e alimentos para todos os necessitados. A sala de jovens no segundo piso da igreja se tornou um local de refúgio com alimento preparado pelos membros, água e roupas limpas e quentes. “Nós estamos aqui para servir e ajudar quem precisar”, diz Cleusa Nunes, membro da igreja Rio dos Sinos e cozinheira voluntária.

caraá
Mais de seis famílias foram auxiliadas nestes dois dias de ação. (Foto: Divulgação)

Cleusa está desde sexta-feira, após a enchente, preparando alimentos para as equipes de resgate e para voluntários que estão ajudando na limpeza das casas afetadas. Desde o desjejum até a janta, Cleusa está ali no fogão com sua equipe preparando tudo. Enquanto cozinham, as mulheres e homens sorriem, cantam e brincam. É uma atmosfera de oásis em meio à tragédia em Caraá. A alegria dos membros e daqueles afetados pelas chuvas foi motivo de esperança e ânimo até para os voluntários.

“O que mais me chamou atenção foi ver a alegria e a forma como as pessoas nos receberam. Mesmo no meio do caos eles estavam sorrindo, brincando e falando que tudo ficaria bem. Afinal, essa é a nossa esperança; nós sabemos que enquanto estivermos aqui nós estamos sujeitos a passar por catástrofes, mas tudo é passageiro”, conclui Letícia.