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Rede Educacional Adventista promove ações contra o bullying

Segundo dados recentes da pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Pesquisa (IBGE), 40% dos estudantes adolescentes já sofreram pela prática do “bullying”


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Em pontos estratégicos das unidades foram fixados cartazes e painéis da campanha em prol da paz

Toda unidade de ensino deve ser o melhor ambiente para a aprendizagem e o desenvolvimento do aluno. Ações e práticas contrárias são constantemente combatidas. O bullying, infelizmente, tem sido uma prática nas unidades particulares, municipais e estaduais de ensino. O isolamento social, a perda de motivação, a piora no rendimento escolar e traumas psicológicos, são alguns exemplos dos dados causados na vítima.

Na Rede Educacional Adventista da Paulista Sudoeste, nas suas sete unidades, ao longo do ano, acontecem várias ações de combate à prática do bullying. No mês de março houve uma ênfase maior na companha com o objetivo de promover a empatia e o relacionamento saudável entre os alunos. A valorização das pessoas é uma das principais pautas no processo do aprendizado.

A encenação mostra um aluno com deficiência visual sem dificuldade no ambiente escolar

Na unidade de Piracicaba aconteceu uma capela especial sobre o tema para os alunos do Ensino Fundamental. Encenações, músicas, vídeos e palestras, deixaram o seu recado de que essa prática não é bem- vinda no ambiente escolar. Bethania de Oliveira, aluna do 5º Ano, estava bem atenta a tudo que aconteceu na programação. “Muito legal e explicativo. Ensina a quem fez bullying ou pretende fazer para ter uma consciência do que pode acontecer com o próximo”, ressalta.

Segundo a orientadora educacional da Rede Educacional da Paulista Sudoeste, Marillaine Aleixo de Oliveira - que coordenou a campanha Diga não ao Bullying nas unidades - o objetivo principal da campanha é de restaurar a imagem do Deus criador nos alunos. “Combater, instruir e prevenir todas as formas de bullying faz parte desse processo tão marcante na filosofia da Educação Adventista”, destaca Marillaine, que ainda salienta que o projeto tem sua relevância para o diálogo com relação ao cenário sócio emocional do cenário brasileiro, bem como na formação integral dos alunos. Isso é ir além.

Ações no ambiente escolar

É na sala de aula, ou nos corredores, que o opressor se sente motivado a ferir com palavras ou atitudes que desvalorizam as pessoas. Geralmente são apelidos ou brincadeiras de mal gosto na presença de outros colegas. A aluna Sofia de Camargo, do 1º Ano, comenta que muitas pessoas que fazem bullying já sofreram um dia e que hoje não sabem lidar com isso. “Acho que é uma forma de tentar se curar o sentimento que ela tem de não ter superado o bullying ainda”, diz.

A caixa do desabafo é o início do processo de cura e que o aluno tem o seu valor

Além de cartazes e painéis falando contra o bullying, uma caixa de desabafo foi deixada para que o aluno contar dos seus problemas e traumas. A intenção é que o aluno saiba que ele não está sozinho e que pode contar com o apoio da sua escola. “Semanalmente recolhemos esses recadinhos. Há um momento de filtragem e atendemos os alunos que quiseram se identificar. Trabalhamos as questões psicológicas e repreendemos qualquer tipo de ato destrutivo”, completa Graciela dos Santos, orientadora educacional do Colégio Adventista de Piracicaba.

A professora da turma do 5º Ano, Larissa de Andrade, pegou todos os recadinhos da Caixa do Desabafo dos seus alunos e fez a leitura de cada um na sala de aula, de forma anônima. Cada frase escrita no papel revelam sentimentos de dor, baixa autoestima, indiferença e muitos outros. “Eu vi relatos de coisas que aconteceram lá no prézinho e que ainda machucava o aluno e hoje conseguiu falar isso, ele conseguiu colocar para fora. E nós conseguimos trabalhar e cicatrizar um pouco esse machucado, essa ferida e essa dor”, ressalta Larissa.

Momento da dinâmica em grupo na sala de aula com o tema do bullying