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Rede de apoio adventista é criada para ajudar famílias que lidam com o autismo

Rede de apoio adventista é criada para ajudar famílias que lidam com o autismo

Mais de 500 pessoas já estão sendo assistidas pelo projeto, que já tem representantes em países como Canadá e Chile.


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Keiny, seu esposo, pastor Marlon Bruno, e seus filhos Myah e Derek. Em família, eles deram início a Raafa. (Foto: Arquivo pessoal)

O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por padrões de comportamentos repetitivos e dificuldade na interação social. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que uma em cada 88 crianças apresenta traços de autismo. Só no Brasil, são dois milhões de pessoas com o diagnóstico.

Para Keiny Goulart e seu esposo, Marlon, receber o diagnóstico do filho não foi nada fácil. Após procurar ajuda profissional, ela decidiu juntar suas forças e reagir. Foi então que, juntos, criaram a Rede Adventista de Apoio à Família Autista (RAAFA). Em entrevista, Keiny conta como estão sendo os primeiros passos do projeto e os sonhos para o futuro.

Como o autismo passou a fazer parte da realidade da sua família?

Meu filho, Derek, foi diagnosticado quando ele tinha dois anos de idade e não foi fácil. Passei por um processo de luto bem sério. Na época, procurei ajuda psicológica e, após receber alta, comecei a lutar pelo meu filho. O Derek passou por diversos tipos de terapia no começo. Cada portador do espectro autista é único, tem o seu jeito. Por isso, eu percebi que, por não haver uma cura para o autismo, nem ter uma causa específica, eu e minha família precisávamos de uma rede de apoio.

De onde veio a ideia para criar a RAAFA?

Na época, fui convidada por uma amiga para ir a um encontro organizado por uma igreja evangélica em São Paulo para famílias de pessoas autistas. O tema “Um olhar bíblico sobre o autismo” me chamou muito a atenção. Naquele momento, fui despertada para a necessidade de criar uma rede de apoio para famílias adventistas que lidam com o autismo. Foi então que eu e meu esposo, Marlon, decidimos criar a Raafa.

Desde quando a RAAFA funciona e como ela está sendo recebida?

Demos início ao projeto em fevereiro de 2020 e lançamos oficialmente no dia 2 de abril, no Dia Mundial da Conscientização do Autismo. Uma das maiores missões da RAAFA é amar, apoiar e acolher as famílias com a troca de experiências e com mensagens de esperança sobre o retorno de Cristo. Recebemos apoio de muitas pessoas para esse começo, inclusive de líderes da Igreja Adventista em toda a América do Sul. Atualmente, já somos mais de 500 pessoas assistidas, entre pais, familiares e educadores da pessoa com autismo.

Como funciona a rede de apoio, na prática?

O objetivo da rede é proporcionar aos pais um acolhimento e um auxílio nessa jornada com o autismo. Nos organizamos em um grande grupo no WhatsApp, também em subgrupos que atendem a regiões ou realidades específicas. Começamos com apenas três desses subgrupos e hoje já temos 16. (Veja cada um deles ao fim da entrevista). Os grupos possuem regras rígidas de convivência para que seja mantido o foco no acolhimento e auxílio. Além do Brasil, outros países estão aderindo ao projeto, como Canadá, Chile e Bolívia.

Quais sonhos você ainda quer realizar através da RAAFA?

O nosso maior sonho, após a quarentena, é realizar encontros presenciais com especialistas da área por regiões no Brasil, Canadá e Chile, liderados pelos moderadores que já estão criando um vínculo através da Rede pelo WhatsApp.

Queremos também criar treinamentos para os educadores e auxiliares de sala de aula sobre como agir com essas crianças. O mesmo será para professores de Escola Sabatina e líderes do Clube de Aventureiros e Desbravadores. Por fim, queremos realizar encontros anuais com todos os participantes da Rede e profissionais da área para instruções, informações científicas, novos tratamentos e, claro, as trocas das vivências entre famílias. Em breve, iremos expandir para todas as regiões do Brasil e da América do Sul.

Ficou interessado? Conheça o grupo e os subgrupos do RAAFA no WhatsApp: 

RAAFA - Keiny, mãe do Derek. Clique aqui para participar.

RAAFA Canadá - Ana Stina, mãe do Dudu. Clique aqui para participar.

RAAFA Chile - Pastor Joel Sandoval, pai do Mateo. Clique aqui para participar.

RAAFA Sul - Gisselle Aguiar, mãe do Isaac. Clique aqui para participar.

RAAFA Sudeste - Pastor Jonathan Conceição, pai do João Pedro. Clique aqui para participar.

RAAFA Nordeste - Juliana Melo, mãe do Serginho. Clique aqui para participar.

RAAFA Brasília - Rosiane Freiras, mãe do Luigi. Clique aqui para participar.

RAAFA Espírito Santo - Pastor Roberto Martins, pai da Heloisa. Clique aqui para participar.

RAAFA Paraná - Sabrina Rostirolla, mãe do Samuel. Clique aqui para participar.

RAAFA Santa Catarina - Meiriele Fraga, mãe do Yuri. Clique aqui para participar.

RAAFA Alimentação - Adriane Santana, mãe do Lucas. Clique aqui para participar.

RAAFA Asperger - Pastor Jonathan Conceição, pai do João Pedro. Clique aqui para participar.

RAAFA Transtorno de linguagem - Naila Ebinger, mãe da Melissa. Clique aqui para participar.

RAAFA Educadores Brasil - Rosangela Silva. Clique aqui para participar.

RAAFA Educadores Espanhol - Yanina Melis. Clique aqui para participar.

RAAFA Escola Sabatina - Naila Ebinger, mãe da Melissa. Clique aqui para participar.

RAAFA Afam - Francisca Luz, mãe do Guilherme. Clique aqui para participar.

RAAFA Papais - Grupo composto só por pais (sexo masculino). Nesse caso específico, o pai não precisa participar do grupão se a mãe já participa de outro grupo - Pastor Marlon Bruno pai do Derek. Clique aqui para participar.