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Quebrando o Silêncio mobiliza igrejas em toda região central de MG

Mais de 20 mil materiais de conscientização foram distribuídos a fim de auxiliar na prevenção e combate aos abusos sofridos por mulheres durante a gestação e o parto


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O Quebrando o Silêncio é promovido anualmente pela Igreja Adventista do Sétimo Dia desde 2002 (Foto: divulgação)

No último sábado, 26 de agosto, centenas de igrejas na região central de Minas Gerais (MG) participaram de ações de prevenção e combate à violência obstétrica. A ação foi iniciativa do projeto Quebrando o Silêncio, promovido pela Igreja Adventista do Sétimo Dia em oito países da América do Sul. 

Em meio aos avanços médicos e tecnológicos na área da saúde, ainda há questões que merecem atenção e mudança. A violência obstétrica é um desses temas delicados que vêm sendo cada vez mais debatidos. Com o intuito de conscientizar a sociedade sobre essa problemática, foram distribuídos mais de 20  mil materiais do projeto Quebrando o Silêncio na Grande BH. O material lança luz sobre as experiências traumáticas que muitas mulheres enfrentam durante o processo de gestação e parto.

Ação na prática

Passeatas, motociata organizada pelo Ministério de Motociclistas Adventistas (AMM) e desfiles com fanfarras chamaram atenção da população para entrega dos materiais. Além dessa estratégia, foram realizadas palestras de conscientização em diversos templos e em praças públicas do território, todos eventos abertos gratuitamente à comunidade. 

Nathalia Pereira é enfermeira especialista em neonatologia e palestrou na Igreja Adventista do bairro Maria Helena. Para ela, o tema deste ano desperta a sociedade sobre um problema esquecido. “O tema deste ano é incrivelmente importante, porque trata um problema que há muitos anos era visto como inexistente. As pessoas cometem violência com as mães sem saber que estão cometendo. Então foi bom para alertarmos as pessoas a como ajudar e as mães como saberem que estão sendo vítimas”, explica Nathalia Nunes Barbosa Pereira. 

O tema

Enquanto para algumas mulheres a gestação, o parto e o pós-parto são experiências tranquilas e felizes, para outras, ficam marcadas por muito sofrimento. Uma gravidez indesejada, fruto de um relacionamento abusivo e/ou sem uma rede de apoio é um cenário desastroso, com repercussões negativas de longo prazo na vida da mãe e do bebê. 

Outro quadro traumatizante e, infelizmente, bastante comum, é a violência obstétrica. O termo caracteriza os abusos praticados por profissionais de saúde ao atenderem mulheres gestantes e em trabalho de parto. O serviço desumanizado, que pode envolver violência física, psicológica, sexual ou mesmo a adoção de procedimentos desnecessários ou sem o consentimento da paciente, pode ferir a sua autonomia, gerar sofrimento evitável e resultar em graves consequências psicológicas. 

Além da revista destinada aos adultos, também há versões dela produzidas para crianças e adolescentes, abordando o tema numa linguagem leve e didática. (Foto: divulgação)

Os panfletos e revistas distribuídos trazem a orientação de especialistas sobre a violência obstétrica, planejamento familiar, gestão de emoções durante a gravidez e a maternidade, autocuidado e autoestima da mãe, importância da rede de apoio e do compartilhamento de responsabilidades entre os pais no cuidado do bebê, entre outros assuntos. 

Todos os conteúdos estão disponíveis em formato digital no site oficial da campanha: quebrandoosilencio.org. Ali há outros materiais de apoio, como vídeos e artes promocionais, bem como todas as informações sobre o projeto.