Santo Ângelo, São Borja, RS... [ASN] As ações de conscientização que reforçam a prevenção e o combate à violência doméstica, além de temas recorrentes na vida de estudantes, começaram a ser ministrados em escolas da rede pública e particular do Rio Grande do Sul. Entre os objetivos de levar orientações desta natureza a crianças e adolescentes, estão o oferecimento de um caminho seguro para a denúncia sigilosa, além de conceder dicas sobre como identificar alguém que tem sofrido estupro, abuso, bullying ou até tenha se envolvido com o uso de drogas.

Santo Ângelo

Uma das instituições que tem realizado este trabalho é a Escola Adventista de Santo Ângelo. Seus funcionários e alunos passaram a realizar um trabalho em parceria com a Prefeitura Municipal e representantes de setores ligados à área de educação da cidade. A ação fez com que dezenas de escolas fossem alcançadas pelo conteúdo do projeto e que, inclusive, fosse apresentado em um estande de uma feira internacional de agronegócio que ocorre na região.

O projeto ganhou fôlego após a aprovação de um projeto de lei na câmara de vereadores que oficializou a realização da iniciativa no quarto sábado do mês de agosto – além de contar com a semana anterior para a divulgação nas escolas. O teor educativo e preventivo da campanha e possibilidade de ações não apenas na data, mas sim, durante o ano, foi o que chamou a atenção das autoridades.

Em uma das ocasiões, colaboradores e alunos da escola adventista apresentaram os temas no Colégio Marista de Santo Ângelo, que respondeu de forma positiva conforme explica uma das alunas envolvidas. “Nós até falamos com uma moça lá em cima que tem uma amiga que sofre com isso, então, é muito importante este trabalho que está sendo feito dentro das escolas, mostrando às pessoas que isso pode acontecer com alguém muito próximo e que você nem mesmo sabe”, reflete a aluna Kamili Lopes Corrêa, estudante do nono ano da escola adventista.

São Borja

Em São Borja, desde a semana passada, adventistas tem levado orientações em torno da prevenção e combate à violência a uma escola da periferia – a mesma onde meses atrás, foi oferecido um trabalho de reforço escolar a crianças de famílias carentes. Além das revistas, o filme O Silêncio de Lara, que conta a trajetória de uma adolescente que sofre abuso de um familiar, foi exibido aos maiores.

De acordo com a professora Paula Oliveira, uma das voluntárias que realiza as palestras, pelo menos 20 turmas de estudantes já foram atendidas pelo grupo.  “Tenho certeza de que levamos a motivação e a força que muitos precisavam, pois em nosso meio, existem muitas "Laras", dispostas a quebrar o silêncio e que precisam apenas de uma direção e um empurrãozinho”, afirma. Na próxima semana, antes da realização das passeatas, eles devem visitar outras escolas da periferia do bairro Passo e Vila Umbu. [Equipe ASN, Willian Vieira]