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Fazendo a diferença no ambiente escolar, psicólogos discutem melhores práticas

Encontro reuniu psicólogos educacionais da região norte do país


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Giselly Erthal, orientadora e psicóloga educacional da UNB, e coordenadora do evento, buscou esclarecer qual é a verdadeira função do psicólogo (Foto: Hamanda Portal).

Depressão, distúrbios de aprendizagem, abuso sexual, bullying e estresse são alguns dos muitos problemas recorrentes na sociedade e que - inevitavelmente - refletem no ambiente escolar. A boa notícia é que muitos destes casos podem ser contornados positivamente graças ao trabalho do psicólogo educacional.

"Já lidei com vários casos difíceis como psicólogo, em alguns até precisei envolver o conselho tutelar. Mas saber que esse aluno ficou bem e teve melhores resultados escolares e sociais é o que nos deixa feliz", afirmou Eduardo Araújo, psicólogo educacional que atende as Escolas Adventistas no sul do Maranhão. "Por isso o sigilo do psicólogo é algo que precisa ser avaliado. Às vezes é uma questão de pensar no que é melhor para quem foi atendido”, concluiu.

Foi ressaltando a essencialidade do papel desse profissional e a sua atuação dentro das escolas que foi realizado nos dias 21 e 22 de outubro na sede da Igreja Adventista do Sétimo Dia para a região norte do país (UNB), o I Encontro de Psicólogos Educacionais da União Norte Brasileira. A ação pioneira na região que discutiu para além do tema central, outras vertentes como gerenciamento de crises, promoção da “cultura de paz”, síndrome de Burnout e também a ambientação da escola.

Giselly Erthal, orientadora e psicóloga educacional da UNB, e coordenadora do evento, ressaltou que o objetivo de trazer os coordenadores e orientadores pedagógicos de campo e psicopedagogos é para que eles compreendam o agir do psicólogo escolar. "Esclarecer qual é a verdadeira função do psicólogo, pois muitas vezes se acredita que o psicólogo é só aquele que atende a criança ou o pai. E não é só isso, ele deve ter o diálogo aberto com o coordenador e com o orientador pedagógico. Ele pode trabalhar junto na construção do projeto pedagógico, atender alunos com dificuldade de aprendizagem, fazer direcionamentos, e ele deve cuidar do clima organizacional da escola", ressaltou

A psicologia educacional tem como finalidade estudar o processo de ensino/aprendizagem em diversos aspectos: desde os mecanismos de aprendizagem, a eficácia das estratégias educacionais; bem como o estudo do funcionamento da própria instituição escolar. Mas é mudar realidades que move esse psicólogo que atua muito além do divã.

"Na escola muitas vezes há necessidade de se fazer avaliação dos alunos e atendimentos focados em psicoterapia breve, mas não apenas isso, o psicólogo também deve pensar em um trabalho para atender toda a escola, trabalhos focados em projetos que dentro dos programas pedagógicos possam trabalhar o coletivo", explicou Sidelli Biazzi, doutora em Psicologia Clínica e palestrante do evento.

O encontro reuniu não apenas os psicólogos da educação adventista, mas também psicopedagogos, coordenadores e orientadores pedagógicos das associações da rede adventista de educação; colaboradores que, ao trabalharem unidos, apresentam resultados que contribuem de forma mais coerente gerando bons resultados para o ambiente escolar.

Os participantes trabalharam em grupos com simulações de casos, visando desenvolver habilidades nas resoluções de conflitos e gerenciamento de crises (Foto: Hamanda Portal).

Na prática

Além das palestras, os participantes trabalharam em grupos com simulações de casos, visando desenvolver habilidades nas resoluções de conflitos e gerenciamento de crises. Seja no atendimento aos alunos, professores ou trabalhando em nível coletivo, o campo de atuação do psicólogo é abrangente e transformador, por isso tem sido valorizado com bastante carinho pela educação adventista na região norte.