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Projeto vai dar assistência a órfãos de vítimas do feminicídio

Primeiro passo foi dado em reunião entre representantes do Proasa (Programa Adventista de Saúde) e Secretaria de Desenvolvimento Social do Distrito Federal.


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Sergio Reis (esquerda), Primeira-dama do Governo do Distrito Federal, Mayara Rocha, e o advogado Luigi Braga: unindo forças para ajudar quem sofre traumas em meio à violência. (Foto: Gustavo Leighton)

Uma parceria entre o Programa Adventista de Saúde (Proasa), entidade de assistência social de promoção da saúde, e da Secretaria de Desenvolvimento Social do Governo do Distrito Federal (GDF), deverá ser desenvolvida para atender crianças e adolescentes que perderam especialmente suas mães de forma trágica. São os casos, por exemplo, de feminicídio, assassinato de mulheres praticado em função do gênero.

Os dados justificam a preocupação. Um levantamento realizado pelo jornal Correio Braziliense mostrou que 137 crianças e adolescentes se tornaram órfãos em 2020. Dados da Secretaria de Segurança do Distrito Federal indicam que, destes, 60,8% eram crianças e 39,2%, adolescentes. Eles perderam tanto a mãe quanto o pai, que foram presos ou cometeram suicídio após os crimes.

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Primeiros passos

Os primeiros passos do projeto foram dados, nesta semana, em reunião realizada em Brasília. As tratativas devem avançar em questões relativas à infraestrutura, organização dos sistemas de controle, cadastro, entre outros aspectos administrativos. Em um primeiro momento, os beneficiados serão os moradores de Brasília e demais regiões administrativas.

Atendimento essencial 

O Governo do Distrito Federal já oficializou um programa de assistência social a órfãos do feminicídio. Existe, também, a Lei 6.937, de 5 de agosto, que garante proteção integral e prioritária deste público. O apoio adventista será para que mais ações concretas possam ser realizadas.

O projeto apresentado pela psicóloga do Proasa, Lídia Gomes, prevê apoio psicológico e psiquiátrico semanal para crianças e adolescentes. Diferentes abordagens serão utilizadas, envolvendo especialistas em traumas e grupos terapêuticos.

Segundo a secretária de desenvolvimento social e primeira-dama do Governo do Distrito Federal, Mayara Noronha Rocha, “o GDF precisa oferecer mais do que ajuda humanitária a estas pessoas, mas um atendimento completo. Por isso, esta parceria será muito bem-vinda”. A ideia é que os encaminhamentos e a infraestrutura sejam providenciados pelo GDF e o Proasa colabore com os profissionais de suporte psicológico. E, dependendo da situação, ajude com alimentos e agasalhos para os mais vulneráveis.

Primeiros planos  

O diretor do Proasa, Sérgio Reis, ressaltou que o projeto inicial será imprescindível a quem passou por este tipo de trauma. E acrescentou que, no futuro, de acordo com o desenvolvimento da iniciativa, a rede de apoio adventista poderá aumentar para ajudar quem sofre com esta perda dramática.

O diretor jurídico da Igreja Adventista do Sétimo Dia na América do Sul, Luigi Braga, frisou que iniciativas como estas evidenciam a preocupação com quem está sofrendo. Ele lembrou que a organização já atua fortemente na área social por meio da sua agência humanitária, a ADRA. E que este projeto é mais uma frente de atuação.

Outra área que tem colaborado para ajudar este público é o Ministério da Criança e do Adolescente da denominação, especialmente por meio de frentes como a Escola Cristã de Férias, voltada especialmente à comunidade. Além disso, o combate à violência doméstica é sistematicamente enfatizado pelo projeto Quebrando o Silêncio, organizado pelos adventistas em toda a América do Sul.