Projeto solidário distribui marmitas em bairros de Joinville
Grupo atende pessoas desempregadas ou que tiveram redução de renda em decorrência da pandemia
Felizes e sorridentes as crianças correm ao encontro do carro que transporta marmitas no horário do almoço até o loteamento José Loureiro, no bairro Ulysses Guimarães, em Joinville. Essa é a recepção que uma equipe da Ação Solidária Adventista (ASA), da igreja adventista do bairro Fátima, recebe sempre que leva os alimentos para doar a famílias carentes e moradores em situação de vulnerabilidade.
O projeto começou há quatro meses, principalmente por conta do desemprego e queda na renda familiar ocasionados pela pandemia da covid-19. Desde sua criação, cerca de mil refeições já foram entregues em dois bairros da cidade.
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As ações sociais acontecem sempre aos domingos, e há duas equipes que se revezam: uma atua num final de semana, a outra no seguinte. Cada grupo tem a sua localidade fixa.
Oportunidade para servir
Além de ser a diretora da ASA local, Alba Elizabete Cordova também coloca a mão na massa. Ela prepara os alimentos da equipe que distribui marmitas para os moradores em situação de rua e em algumas casas do bairro Fátima.
Por pertencer ao grupo de risco de contaminação pela covid-19, pois tem 70 anos de idade, Alba não sai às ruas para fazer entregas, mas se sente agradecida pelo trabalho que faz.
"O sentimento que tenho é: por que não pensei nisso antes, quando eu era mais nova? Mas nunca é tarde! Então é muito gratificante você matar a fome do ser humano. Eu tenho onde deitar, tenho casa, agasalho, alimento todos os dias, e essas pessoas estão sem condições de sobrevivência. A gente faz a comida com amor”, relata.
Enquanto a equipe entrega as marmitas, Alba organiza as louças e ora para Deus colocar pessoas nos caminhos do grupo que realmente precisem dos alimentos.
Voluntariado que transforma
Já na outra equipe, que atende o loteamento José Loureiro, a cozinheira e líder do grupo é a voluntária Emília Sucodolski Pasdiora. "Há uns três domingos, havia um grupinho de crianças brincando no bairro, então quando elas viram o carro, saíram correndo [na direção dos voluntários]. Uma das crianças sempre está com a gente e nos acompanha em todas as casas", descreve Emília.
Sentir essa recepção calorosa das crianças atendidas pelo projeto social é uma das recompensas que ela recebe por sua dedicar no voluntariado. "Pra mim é uma satisfação ajudar as famílias carentes. Tenho visto muita pobreza no loteamento José Loureiro porque eu sempre estou por ali", relata. Emília também atua em uma cozinha comunitária no mesmo bairro, que serve centenas de refeições semanais.
Alimento espiritual
Com as marmitas, os voluntários entregam literaturas cristãs sobre fé, esperança e confiança em Deus. Veja mais imagens na galeria: